Materiais:
Enviada em: 21/05/2017

A democracia, como observou o líder americano Abraham Lincoln, é o "governo do povo, pelo povo e para o povo." Ela surge na Grécia, onde é implantado, na praça pública (também conhecida como ágora), o debate entre os cidadãos. Em sintonia com os tempos atuais, surge a ciberdemocracia, que se configura numa dialética entre cidadão e Estado; entretanto, a exclusão digital se caracteriza como um entreposto à ampliação do acesso a informação no Brasil.        A democracia virtual, também conhecida como ciberdemocracia, tornou mais abrangente o debate público, caminhando para que o organismo social se transforme numa "ágora global". Isso foi determinante para a  eclosão de movimentos sociais no país, além de amplificar a transparência dos gastos públicos e das ações dos dirigentes governamentais.            Em contraposição, surge a problemática da exclusão digital, que tem como principais causas o baixo poder tecnológico e aquisitivo de determinados setores sociais, além do isolamento geográfico. Uma pesquisa realizada pela UFPA constatou que cidadãos não matriculados em estabelecimentos de ensino permanecem excluídos de usufruir as novas tecnologias. Dessa forma, algumas repartições públicas ainda não têm pleno domínio do seu direito de expressar suas opiniões.          Sobre a coerção que a tecnologia pode exercer sobre o indivíduo, afirma o sociólogo Bourdieu que "aquilo que poderia ter se tornado um extraordinário instrumento de democracia direta, não se converta em mecanismo de opressão simbólica." A ampliação do acesso aos meios de comunicação se dará a partir da interação entre os componentes não tecnológicos (conhecimento e educação) e os tecnológicos (equipamentos e conectividade). Para isso, faz-se necessária a ação conjunta entre políticas governamentais, sociedade civil e iniciativa privada, mobilizando o capital humano em harmonia com as tecnologias da informação.