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Enviada em: 28/05/2017

Diferente da democracia nascida na Grécia, o Brasil, e vários outros países, utiliza a forma indireta, na qual são necessários intermediários. Por tal motivo, é comum parte da população estar alheia à política. Em contraponto, a constante evolução da tecnologia tem contribuído para a mudança desse cenário, uma vez que amplia a participação popular, configurando-se como um verdadeiro impacto na democracia brasileira.        Em primeiro lugar, vale destacar o papel assumido pela internet. Assim, visto que, como afirmou o sociólogo Betinho, “só a participação cidadã é capaz de mudar o país”, tal ferramenta permite isso, tanto com a disseminação de informações quanto com a disponibilização de meios para a atuação desse público; a exemplo da plataforma “Vote na Web” e o crescimento de movimentos, conhecidos como “cyberativismo”, que dão visibilidade às questões sociais. Entretanto, deve-se enfatizar que somente o apoio virtual não basta, também é necessário o engajamento presencial.       Cabe apontar, ainda, a metanoia como um dos produtos da evolução tecnológica. Destarte, a sociedade tem buscado através dessa, ampliar os meios de transparência e intervenção na política e sociedade, haja vista a iniciativa de cidadãos brasileiros no combate à corrupção nos governos. Tal participação se contrasta, por exemplo, com a época da Proclamação da República, na qual, nas palavras de Aristides Lobo, “o povo assistiu tudo bestializado”.      Fica claro, portanto, o impacto positivo da tecnologia na democracia brasileira. Nesse sentido, é importante incentivar sua expansão. Para tanto, é crucial que a mídia, em parceria com movimentos sociais, divulgue tais iniciativas por meio de comerciais de TV, debates, campanhas, bem como apresente a relevância da manifestação presencial. Além disso, as escolas e universidades devem incentivar nos alunos o censo crítico e o sentimento de busca por uma sociedade mais justa e democrática. Assim, usando a tecnologia a seu favor, a tendência é a expansão de uma sociedade integrada e participativa, pois, segundo Pierre Lévy, “a tecnologia é inexorável”.