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Enviada em: 22/05/2017

Quando ao povo é dado o poder de eleger um representante do estado também é concebida a responsabilidade acerca da escolha. A Grécia antiga presenteou a humanidade com o a democracia, essa por sua vez evoluiu constantemente e hoje conta com o apoio da tecnologia em seu exercício, contudo, alguns aspectos precisam ser observados com cautela.       No Brasil, com advento da internet, a população tem a oportunidade de se informar e se engajar mais com relação a política do país. Um dos maiores aliados dos brasileiros é a Lei de Acesso a Informação, que busca reduzir a distância entre cidadãos e governo possibilitando o usuário acessar informações relacionadas ao Governo. Pode-se contar também com a Lei da Transparência, que obriga a União, os estados e os municípios a divulgar seus gastos na Internet em tempo real. É importante destacar ainda a possibilidade de se discutir através das redes sociais.       No entanto, uma tecnologia é apenas uma ferramenta, por sua vez é socialmente construída, o que pode ser um fator preocupante ao lidar com política. Prova disso são os constantes casos de "Hoax", notícias falsas, ligadas ao conceito de "pós-verdade", termo popularizado em 2016 com as ocorrências de boatos criados pelo atual presidente dos EUA, Donald Trump. Outro entrave encontrado são as bolhas sociais. Grandes redes sociais possuem um algorítimo que tendem a apresentar ao usuário aquilo que ele mais gosta, se identifica ou concorda, logo, acaba eliminando dele a oportunidade de se opor, discutir, e caso o indivíduo não seja engajado a notícias, torna ainda mais distante dele o conhecimento e a informação.       Fica claro, portanto, que apesar boa, a correlação entre tecnologia e democracia tem fragilidades. Para reverter essa situação é necessário que as redes sociais facilitem denúncias de Hoax, além de estabelecerem parcerias com empresas de checagem de fatos. Também é imprescindível a atuação do Ministério da Educação ao promover discussões entre os alunos a fim de reforçar a vigilância epistêmica, para que assim se formem usuários conscientes e bem engajados.