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Enviada em: 26/05/2017

O surgimento das novas Tecnologias de Informação e Comunicação, mais destacadamente a internet, trouxe muitas discussões acerca da revitalização da democracia. As redes sociais não só instigaram movimentos de revolta no Brasil, como as reivindicações pelo preço da passagem de ônibus em 2013, mas também têm ampliado o conhecimento de questões políticas e sociais da população.        Em pleno século XXI, não se pode mais ignorar os espaços que as novas tecnologias têm criado, de modo que podemos afirmar, tal como o faz Pierre Lévy, que "os destinos da democracia e do ciberespaço estão amplamente ligados". Entretanto, encontra-se divergências sobre o assunto. Por um lado, a possibilidade da internet superar os limites do modelo democrático atual e do espaço público, na maneira que facilitar o acesso aos debates políticos com ampla disponibilização de informação e baixo custo, é um tanto promissora. Em contraste com, há o alerta da possibilidade de monitoramento por empresas e governos e até mesmo de exclusão social. Porém, é inegável que a democracia eletrônica/virtual pode melhorar os processos de deliberação na sociedade. Por certo, a viabilidade da ciberdemocracia ser profícua é muito real, já que pode permitir a promoção do controle social, maior participação cidadã e transparência pública.       Desse modo, é impreterível que as esferas governamentais unam-se aos núcleos tecnológicos para criar leis que visem melhor diálogo entre cidadão e Estado; investir em mais projetos de inclusão digital; e em websites e aplicativos que promovam transparência pública eficaz.