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Enviada em: 26/05/2017

A primavera árabe foi um movimento que mostrou ao mundo o poder que as mídias sociais têm no que se refere a mobilização em torno de uma causa. A partir disso, a importância da internet no engajamento político foi pujante e hoje é uma imprescindível ferramenta para o exercício da democracia. Nesse contexto, o excesso de informações bem como o comodismo diante do ativismo além da rede, são impeditivos para o exercício pleno da cidadania.     De fato, é indiscutível que em nenhum outro momento da história da humanidade houve tanto acesso à informação, como nos dias atuais. No entanto, existe um verdadeiro "bombardeamento" de notícias, nem sempre verídicas, que podem ser utilizadas intencionalmente para manipular o grande público para uma linha de pensamento. Uma vez sendo tendenciosa, fica complicado para o civil construir um pensamento crítico diante de um tema e, por conseguinte, desenvolver uma democracia colaborativa.        Ademais, é importante pontuar que o ativismo pode iniciar com debates no campo digital, mas precisa desencadear alguma ação concreta. Nessa perspectiva, observa-se nas páginas de movimentos no Facebook, muitas vezes, um número maior de seguidores que os encontrados nas manifestações em si. Sendo assim, não existe o desenvolvimento pleno da democracia sem o engajamento individual dentro e fora da rede.      Em suma, a tecnologia se tornou imprescindível, nos dias atuais para a consolidação da democracia brasileira ao facilitar o acesso à informação. Sendo assim, o ministério da Fiscalização, Transparência e Controle pode desenvolver uma campanha publicitária divulgando o portal da Transparência para que todo e qualquer cidadão possa usufruir e criar seu pensamento crítico, paralelo à grande mídia.  Além disso, o ministério público pode desenvolver um projeto nas escolas de ensino médio mostrando a importância do engajamento político além das redes sociais como forma de incentivar a adesão às manifestações dos jovens.