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Enviada em: 28/05/2017

A Constituição Brasileira de 1988 foi um marco para a sociedade civil, visto que primou pela garantia dos direitos humanos, sociais e políticos. Dessa maneira, pode ser considerada a mais democrática das constituições. Até o ano de 1988, as mídias tecnológicas estavam nas mãos de aliados do poder político, logo a sociedade civil tinha acesso a pouquíssimas informações , todavia, atualmente, com a mudança no padrão de comunicação e com o advento das redes sociais houve significativo aumento da participação popular na esfera pública, promovendo debates e manifestações que possibilitam mudanças de suma importância para um país mais democrático.     O filósofo Pierre Lévy afirma que os destinos da democracia e do ciberespaço estão amplamente ligados. O ciberespaço propicia maior liberdade de expressão e de navegação, consequentemente proporciona o desenvolvimento da cidadania. A Primavera Árabe, revolução que aconteceu em 2011, é um fantástico exemplo do uso das novas tecnologias como ferramenta democrática, em que através da utilização das redes sociais Facebook e Twitter, o presidente Hosni Mubarak foi retirado do poder que exercia há 30 anos, estampando a mudança do cidadão como simples espectador para agente transformador.       Nesse contexto, a conjuntura da democracia com o ciberespaço faz nascer a ciberdemocracia. Esta nova arquitetura comunicativa do século XXI, viabiliza maior transparência das esferas executiva, legislativa e judiciária, aproximando o cidadão ao poder público. Assim, esta nova possibilidade promove uma maior força política, a partir do momento que a sociedade civil possui participação direta na gestão do poder público, como podemos citar o grupo ativista ´´A Batata precisa de você´´ , que faz uso das redes sociais para a promoção de debates políticos, organização de manifestações e o site: Queremos saber, que fornece dados sobre diversas instituições públicas, demonstrando o papel social e político fundamental das novas tecnologias como agente crucial da democracia conectada.       Dessa forma, é notável a significativa importância da tecnologia para o desenvolvimento da democracia. Sendo assim, é primordial que os cidadãos tornem-se ativistas online, fazendo uso de redes sociais para maior participação social e política, seja por meio de debates, consultas online e promoção de manifestações. Além de ser pertinente, que ocorra a informatização dos órgãos governamentais, criação de aplicativos de celulares que divulguem informações a cerca da esfera pública, e por fim a criação  de comitês representativos da comunidade online para promoção de uma sociedade mais justa e igualitária.