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Enviada em: 28/05/2017

Internet: mais democrática e menos tolerante   É evidente que a tecnologia conquistou um enorme espaço no mundo e veio para ficar. Com isso, nós, cidadãos, começamos a refletir sobre quais seriam os impactos da internet e das redes sociais, por exemplo, não somente para cada indivíduo, mas também na vida pública e na execução da democracia. A partir daí, passam a surgir contrastes a serem discutidos.   Uma das primeiras notórias mudanças que o avanço da tecnologia nos trouxe foi a facilidade do acesso à informação por parte da população, podendo-se, quase sempre, estar à par do que ocorre nas câmaras e assembleias do país. Além disso, também é possível participar ativamente da vida pública, em que se pode enviar sugestões para projetos de lei diretamente ao endereço virtual do Senado.   Ademais, com a chegada das famosas redes sociais, pessoas interagem entre si, e com isso podem encontrar milhares de usuários que compartilhem opiniões muito similares. Assim, é possível organizar debates e até protestos, a exemplo das manifestações políticas que ocorrem no Brasil desde 2013, e a Primavera Árabe que revolucionou a democracia no Oriente Médio, tendo ambas sido originadas a partir das redes sociais, reforçando essa ideia de democracia conectada.   Apesar dessas vantagens, há um lado ruim em que algumas pessoas usam a internet para disseminar o mal. Ao encontrar opiniões divergentes da própria,muitos usuários virtuais têm se expressado com discursos de ódio, que segundo a ONG Comunica que Muda (CQM), foram quase 400 mil casos em 3 meses de análise no ano passado.   Diante do exposto, é possível perceber que a internet, apesar de muito útil, dá liberdade para difusão de pensamentos inadequados. Portanto, seriam necessárias medidas para combater tal "ódio gratuito". Mais ONG's como o CQM ou o SaferNet poderiam ser criadas, banindo usuários que se manifestem de modo intolerante na rede. Casos mais graves, como de-monstrações de racismo, homofobia ou apologia ao estupro, deveriam ser criminalizados por lei pelo governo, sendo considerados cibercrimes. Talvez assim teríamos uma garantia de mais integridade ao ambiente virtual, e muitos conflitos  desnecessários poderiam ser evitados.