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Enviada em: 02/06/2017

A tecnologia sempre esteve atrelada à algum fim político. Um exemplo internacional disso está em 2012, quando o mundo contemplou a explosão da Primavera Áraba, que surgiu por meio do ciberativismo. Porém, no Brasil, fatores históricos e sociais ainda limitam os impactos dos aparatos tecnológicos em sua democracia.     Nesse contexto, sem dúvidas, para entender a interferência da tecnologia na participação política brasileira, é fundamental a compreensão da história do país. Isso porque, o uso da tecnologia no Brasil passou por diversas fases de obscuridade. A Ditadura Militar, por exemplo, impôs ao país um controle muito grande do que poderia ser debatido nos meios informacionais da época, além de usá-los para propagar ideologias próprias do regime. Dessa forma, a sociedade nacional acabou tendo um grande atraso - quando comparada a países de regime democrático mais antigo (EUA,por exemplo), no uso de aparatos tecnológicos para fins de debates políticos.    Entretanto, mesmo na atual conjuntura de liberdade de expressão em que se encontra o Brasil, é possível perceber que os impactos da tecnologia na democracia do país ainda estão limitados. Isso se relaciona ao fato de que não são poucos os brasileiros que possuem suas ações democráticas baseadas exclusivamente em longos e improdutivos debates em redes sociais. Tal realidade é tão grave que, muitos especialistas nomeiam esse fenômeno social como "ciberativismo de sofá".     Portanto, o principal meio de intervenção para essa problemática é a educação. Paratanto, é imprescindível que as pessoas passem à entender - seja por meio de campanhas governamentais ou privadas - que a democracia não deve ficar limitada à apenas longos textos opinativos no mundo online, mas também em atitudes práticas no mundo real. Além do mais, o estudo -dentro das escolas- da influência política no uso da tecnologia no Brasil é fundamental para a superação de erros cometidos no passado.