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Enviada em: 04/06/2017

A jovem democracia brasileira tem se beneficiado da crescente democratização da tecnologia. Principalmente, após o surgimento de novos espaços para debate e aprofundamento das relações e manifestações políticas, bem como o acesso à informação. No entanto, a liberdade e o grande volume de dados pode ser um campo fértil para propagação de ideias anti-democráticas.    Dentro do processo democrático, a gigantesca proliferação de tecnologias que se desenvolveram com o advento da Rede Mundial de Computadores, permitiram aos cidadãos acesso diário e contínuo à informações sobre à coisa pública. A vida dos políticos, os assuntos relativos a formulação de leis, bem como os diversos detalhes do gerenciamento do Estado, tem se tornado, cada vez mais, parte importante do cotidiano. Cansados de receber a visita de políticos apenas durante as eleições, agora os eleitores dispõem de ferramentas que os capacitam à organizar, com maior eficiência, diversos mecanismos que permitem pressionar seus representantes, tais como “crowdfunding” e também organização de manifestações, que começam em redes sociais, impulsionadas pelo amplo debate em forums. Entretanto, é importante destacar que a falta de regulamentação no mundo virtual e a grande disponibilidade de informações não verificadas podem incubar uma multiplicidade de discursos tão diversos, onde até mesmo conteúdos totalitários e sectaristas podem vir a ter espaço, mesmo indo contra ideais democráticos.    Nesse sentido, é necessário que o Estado consiga desenvolver estratégias para assimilar as demandas da sociedade, estando presente no mundo virtual de forma ativa, de maneira a identificar, estabelecer e garantir os quesitos legais. Também urge que a escola e a família primem pela educação e desenvolvimento de cidadãos com senso crítico, preparados para reconhecer os mais diversos discursos e que tenha o bom senso de buscar a confirmação dos fatos, antes de propagar idéias ireesponsáveis que firam as garantias do Estado Democrático de Direito.