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Enviada em: 05/09/2018

Desequilíbrio laboral: uma relação parasita             Desde a conjuntura Pré-Colonial, verifica-se que a busca pelo lucro se tornou uma mazela social, por culminar na exploração trabalhista. Hodiernamente, no Brasil, diversas conquistas em prol dessa temática já foram alcançadas – a exemplo da criminalização desses abusos laborais, presente na Constituição Brasileira de 1988. Todavia, esses avanços não foram suficientes para conter a ganância capitalista e nem a aceitação dos trabalhadores, submetendo-se a situação da terceirização trabalhista, necessitando, assim, da criação de novas medidas para mitigar essa situação, pois, de acordo com o escritor irlandês George Shaw, ´´O progresso é impossível sem mudança´´.          É indubitável a ganância capitalista pelo lucro. Posto isso, é necessário salientar que cada vez mais os empresários têm buscado novos meios de exploração da mão de obra, como pode ser visto com a criação da terceirização trabalhista, tornando o empregador mais isento de responsabilidades com os empregados. Nesse sentido, conforme Karl Marx, esses acontecimentos são inerentes às relações trabalhistas, as quais são marcadas pela alienação e submissão do trabalhador. Desse modo, urge a necessidade de cessar essa ganância capitalista, com novas medidas que impeçam de ocorrer essa exploração.         Outrossim, destaca-se a aceitação dessa situação pelos trabalhadores. Diante disso, é notório ressaltar que em meio ao atual cenário de crise econômica, a falta de emprego faz com que esses indivíduos se submetam a situações trabalhistas precárias. Nessa perspectiva, consoante o sociólogo Émille Durkheim, essa classe social está cada vez mais sujeita ao suicídio anômico, ou seja, aquele causado por pressões sociais, como por exemplo, pressões de patrões para que haja aumento de produtividade. Logo, requer a necessidade de combate à aceitação dessa situação pelos trabalhadores.           Evidencia-se, portanto, que a problemática do terceirização trabalhista é decorrente da ganância empresarial e da aceitação dos trabalhadores. Com o fito de atenuar esses impasses, é necessária uma maior atuação do Ministério do Trabalho, em conjunto com os sindicatos, para que busquem evitar a exploração através de maior fiscalização, garantindo uma relação simbiótica entre patrão e empregado. Ademais, compete à mídia promover uma postura mais crítica e autônoma dos trabalhadores, por meio de ficções engajadas, possibilitando evitar abusos trabalhistas e problemas, como o suicídio. Dessa forma, poder-se-á alcançar o progresso social, concomitante ao aumento gradativa do equilíbrio das relações laborais no Brasil.