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Enviada em: 16/03/2017

A terceirização corresponde a atribuição de processos a uma empresa independente. Para a classe proletária representa a perda de espaço e de direitos conquistados, para a burguesia, a diminuição da burocracia e celeridade do processo. Decerto, a precarização do trabalho e a redução da lógica trabalhista são consequências da terceirização generalizada.  Quando terceiros assumem a contratação de profissionais começa a descentralização das atividades produtivas. A pesquisa feita pelo DIEESE, em 2010, mostra que o terceirizados recebiam, em média, 27%  menos que os empregados contratados diretamente. Ou seja, o nível técnico-informacional está caindo em detrimento da redução dos gastos. Por isso, contratar um bacharel é mais viável economicamente que empregar um mestre.  Outrossim, os direitos trabalhistas são previamente questionados. A mesma pesquisa do DIEESE indica que a terceirização aumenta em 7% a jornada de trabalho e emprega por menos tempo. Além da precarização do serviço prestado, tem-se que esses direitos serão, aos poucos, suprimidos, o que tornariam as relações empregado-empregador distantes e análogas à escravidão, de acordo com estudos realizados pela Unicamp.  Generalizar a terceirização, portanto, não será a solução para a burocracia. Karl Marx define como "mais valia" a exploração consciente do trabalho operário, logo ao Congresso Nacional cabe a manutenção do projeto de lei criando emendas parlamentares para que não seja necessário aprovar uma proposta alienada e incoerente para a sociedade brasileira. Aos profissionais e demais funcionários fica a missão de buscar constantemente métodos e cursos profissionalizantes pesquisando e atualizando-se sobre conhecimentos gerais da área de atuação. Às escolas, aos pais e à população fica o dever de engajar o jovem na busca pela construção do saber pleno, sem pensamentos utópicos, visando e formando, assim, cidadãos críticos e cientes da realidade.