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Enviada em: 30/04/2017

Durante a segunda guerra mundial, as indústrias americanas precisavam focar na produção armamentista. Assim, delegavam suas demais atividades, como limpeza e segurança, a terceiros. Desde esse surgimento até os dias atuais, a terceirização tem beneficiado muitas empresas ao redor do mundo e pretende o mesmo em território brasileiro, com o novo projeto de lei. Porém, tal medida trará regalias aos donos dos meios de produção, o que agravará diferenças socioeconômicas entre as classes sociais envolvidas e prejudicará a classe trabalhadora.      O novo projeto visa ampliar a terceirização, já existente, permitindo atividades-fim de aderirem as regras que antes existiam apenas em atividades-meio. Isso faz com que o setor secundário possa ter maior lucro na produção. Contudo, dados de uma pesquisa realizada pela CUT (central única dos trabalhadores) demonstram que os funcionários terceirizados ganham 25% a menos do que os que trabalham fixos para a empresa contratante dos serviços. Assim, os empresários aumentarão sua renda, e, de modo inversamente proporcional, os empregados passarão a ter salários menores.      Ademais, diante da reforma, os trabalhadores ficam sujeitos a uma grande instabilidade, visto que, em determinados momentos, a empresa pode não precisar de seus serviços e dispensá-los, podendo a qualquer momento reconvocá-los em outro instante.      As reformas trabalhistas, portanto, inevitavelmente agravarão a má distribuição de renda no Brasil, além de trazer insegurança aos milhões de trabalhadores. É dever da esfera legislativa revisar a emenda, adotando regras para uma remuneração digna e alguns auxílios, como vale-transporte, vale-saúde e vale-alimentação ao empregado. Outrossim, cabe às empresas assinarem contrato com o funcionário, visando a empregabilidade deste durante todo o período da cláusula formal. Desse modo, espera-se formar uma sociedade justa e igualitária.