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Enviada em: 04/07/2017

De acordo com o filósofo Peter Singer, ''os problemas de hoje vêm das soluções de ontem.'' Essa afirmativa aplica-se à medida da Terceirização do trabalho no Brasil, tendo em vista que essa não solucionará o problema do desemprego. De forma oposta, trará danos sociais e econômicos, notavelmente, à classe trabalhadora.     Segundo o filósofo Karl Marx, ''a história da humanidade é a história da luta de classes''. Este também acredita que o Estado surge como mediador desse conflito, contudo tende a privilegiar a classe dominante. De fato, a lei da terceirização contempla essencialmente o empresário, de forma a lesar os direitos do trabalhador previstos na Consolidação das Leis Trabalhistas. Prova disso, é que o empregador tenderá a pagar menos. Isso porque os trabalhadores terceirizados, de acordo com a pesquisa da Central Única dos Trabalhadores, ganham cerca de 30% a menos que os trabalhadores formais. Ademais, a lei torna possível o trabalho provisório em até nove meses, de modo a abster a empresário de pagar uma série de direitos trabalhistas, podendo este demitir o empregado não o fornecendo nenhum auxílio.    Em uma segunda análise, na Primeira Revolução Industrial, havia uma demanda vultosa de trabalhadores, que eram submetidos a trabalhos degradantes. De modo semelhante e retrógrado, a terceirização do trabalho no Brasil poderá sujeitar o trabalhador a circunstâncias laborais desumanas. Prova disso, é que, de acordo com o Instituto Nacional de Seguro Social, os trabalhadores terceirizados são os que mais se acidentam no trânsito, aumentando a demanda no Sistema Único de Saúde.     Conclui-se, portanto, que não há perspectiva de solução do problema do desemprego por meio da terceirização, e essa trará problemas socioeconômicos. Para tanto, é necessário que o Ministério de Trabalho e a mídia conscientize a população leiga dos riscos que o projeto traz. Desse modo, por pressão popular, a terceirização seja desconsiderada.