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Enviada em: 22/07/2017

Com a atual crise econômica no Brasil, as empresas buscam novas soluções para aumentar o lucro e conseguir se manter no mercado. É aí que surge a terceirização da atividade-fim da empresa, algo que até então era proibido por ser considerado uma ameaça aos direitos trabalhistas conquistados nos últimos anos. A terceirização tem sido muito criticada, mas seria ela assim tão ruim?       Para os empresários, a terceirização trará benefícios, sem dúvidas. Afinal são eles os grandes apoiadores da reforma trabalhista. O trabalhador comum, por outro lado, com certeza sofrerá com a diminuição dos salários.Se a terceirização reduz os custos para uma empresa, é porque alguém está pagando por essa redução e essa pessoa é o próprio trabalhador. Quanto a direitos trabalhistas e previdenciários, a atual reforma procura meios para garanti-los, por exemplo, fazendo com que a empresa contratante fiscalize o cumprimento das obrigações pela empresa prestadora de serviços.       Embora com salários menores, a oferta de emprego tende a ser maior e isso não deixa de ser um benefício, para o trabalhador. Além disso, haverá mais flexibilidade nas contratações, mais facilidade para mudar de emprego e, com o aparecimento de empresas especializadas no fornecimento de mão de obra, e dependendo de quão aquecida esteja a economia, é possível até mesmo que o emprego venha até o trabalhador e não o contrário.       A terceirização, sendo mais uma das táticas do capitalismo de especialização em busca de lucro, parece ser uma tendência irrefreável. Conquanto tenha pontos negativos, ela também possui pontos positivos e trará a oportunidade para que pessoas mais ousadas, que porventura estejam com seu potencial empreendedor atualmente contido por uma legislação trabalhista engessada, possam criar suas próprias empresas de fornecimento de trabalho especializado e realizar o sonho de ter seu próprio negócio.