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Enviada em: 05/09/2017

Terceirizar é o ato de delegar a contratação de funcionários ou determinados serviços a outras empresas. No início da década de 90, a terceirização foi impulsionada no país devido à inserção de novas tecnologias e trouxe consigo um novo formato das relações trabalhistas. Entretanto, se para as grandes empresas essa ação ajuda na redução de custos e na desburocratização, para muitos cidadãos a lei aprovada pela Câmara afronta o valor social do trabalho e causa temor pela supressão das vagas de emprego e diminuição de salários.        É inegável que há uma desvalorização de diversas formas de trabalho com a delegação de serviços a outra empresa. Para Getúlio Vargas, “o Brasil nada teme no presente, orgulha-se do passado e confia, serenamente, no futuro”. Nesse contexto, tamanha seria a surpresa do fundador da CLT no cenário trabalhista atual, no qual o trabalhador terceirizado perde seu valor social e é visto como somente uma força braçal, uma mercadoria, fazendo com que os seus atributos profissionais e pessoais sejam desprezados. Assim, percebe-se que o “avanço” pregado pelo Governo, na realidade, é um retrocesso à Era Pré-Varguista.       Outrossim, destaca-se o índice de desemprego como fator negativo da reforma trabalhista. Segundo Thomas Hobbes, o homem é o lobo do próprio homem, demonstrando o quanto o ser humano pode ser prejudicial a si mesmo. Analogamente, observa-se que a terceirização representa a síntese da frase do pensador, a medida que suas reformas são benéficas apenas para os grandes empresários, reduzindo custos de sua empresa , enquanto as horas extras de um funcionário terceirizado suprem as vagas de emprego e reduz os salários de outros. Dessa forma, nota-se como a negociação por benefícios e aumentos salariais pode ser prejudicada.      Entende-se, portanto, que a terceirização no Brasil ainda carece de muitos ajustes para ser benéfica para além da classe empresarial. Para atenuar o problema, é preciso que a Justiça do Trabalho em parceria com o Governo Federal julgue empresas que não pagam salários e investiguem a causa de não se equilibrar as horas extras com as horas normais de outros funcionários, além de valorizar socialmente o indivíduo por meio da integração dele com todos da empresa, conhecendo seus atributos profissionais e pessoais com entrevistas na contratação. Dessa maneira, será possível tornar as reformas trabalhistas mais agradáveis para todos.