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Enviada em: 30/09/2017

A terceirização do trabalho fere os direitos do trabalhador?       Segundo Máximo Gorki, escritor associado à Revolução Proletária Russa, uma nova cultura se iniciaria apenas quando o trabalhador e o trabalho fossem tratados com respeito. A aprovação do projeto de terceirização do trabalho no Brasil é uma amostra clara de desrespeito à classe operária, refletindo assim em um retrocesso das questões trabalhistas no país.        Em uma pesquisa realizada pelo Senado Federal, cerca de cinquenta mil brasileiros votaram contra a regulamentação dos contratos de terceirização e das relações de trabalho decorrentes. Em contrapartida, o presidente Michel Temer sancionou a lei em março de 2017. A desaprovação da maioria de brasileiros deve-se principalmente aos impactos que a lei causará nos direitos trabalhistas, trazendo assim uma maior precarização das condições de trabalho e uma considerável diminuição nas vagas de emprego.        A redução do salário dos trabalhadores é um aspecto negativo que pode se tornar realidade após a aprovação da lei. Uma das intenções da terceirização do trabalho é a redução de custos gerados pela empresa. Sendo assim, uma companhia que contrata serviços terceirizados dispensa os seus funcionários afim de contratar outros trabalhadores por meio de uma empresa terceirizada. A diminuição desses gastos é uma consequência direta da redução do salário dos operários, o que ocasiona em uma precarização do trabalho dos novos contratados e em uma alta taxa de desemprego.        Visando diminuir a taxa de desempregados no Brasil e melhorar o ambiente de trabalho e as condições em que esse é exercido, medidas mais eficientes devem ser tomadas. Respeitar a opinião dos trabalhadores e o resultado das pesquisas públicas são critérios fundamentais a serem analisados antes do sancionamento da lei.  Além disso, aplicar uma reforma trabalhista que respeite os operários e que vise melhorar as suas condições de vida é o caminho para que haja uma mudança no ambiente de trabalho. De acordo com o sociólogo Karl Marx, o trabalhador só se sente à vontade no seu tempo de folga. Sendo assim, o cumprimento dessas medidas traria uma alteração dessa ideia que era popular há muito tempo atrás, no ano de 1844.