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Enviada em: 29/09/2017

A solução está em terceirizar?        Atualmente, muito tem se discutido acerca da terceirização, que consiste em delegar à outra empresa a contratação e responsabilidade pelos funcionários, do trabalho no Brasil. Isso se deu após o presidente Michel Temer sancionar a lei que permite os serviços de atividade fim, serviços relacionados diretamente ao propósito da empresa, também serem terceirizados e não apenas a área de atividade meio, como segurança e limpeza. Incluindo na administração pública, o que poderá deixar alguns cargos por conta da iniciativa privada. Para quem visa concursos públicos, o susto é inerente assim como a revolta, porém, e se essa for a solução para grandes problemas no país?           É de consciência coletiva que há diversas falhas quando se trata do serviço público, sejam em hospitais, escolas e até mesmo quando se trata da organização interna dos ministérios, com atrasos em processos judiciais, em salários e afins. Situações que em empresas privadas, se tornam mais raras, por quê? Pois, quando se retira a estabilidade do funcionário, ele sabe que deve ser eficiente ou será substituído. Infelizmente, há vários casos em que os servidores são incompetentes e nada acontece. Com a terceirização do trabalho, a eficiência será obrigatória, o que beneficiará tanto a máquina pública como a população.                 Há outra discussão em torno do assunto, visto que muitos terceirizados afirmam trabalhar em condições precárias – mais horas de trabalho e salário não condizente. O que não significa ser uma modalidade insatisfatória, mas alarma que está mal vistoriada. Contudo, com mais funcionários de diversas áreas atuando nesse meio, novas formas de sindicato poderão surgir, as discussões a respeito se tornarão frequentes e facilitará o conhecimento geral de tais questões, auxiliando melhorias.                  Por todos esses aspectos, nota-se que a terceirização é uma forte ferramenta para melhorias, porém não está sendo utilizada adequadamente. É necessário que o governo tome providências quanto às empresas ofertantes que não cumprem as leis trabalhistas, facilitando o contato com os funcionários das mesmas, com formulários e vistorias periódicas. Enquanto população devemos nos questionar quanto a eficácia do sistema vigente e estarmos dispostos a aceitar mudanças pelo bem coletivo. Em suma, como o autor Hideraldo Montenegro dizia: “O estabelecimento de leis sociais não pode ter o Estado como autor, mas apenas como catalisador da vontade popular”.