Materiais:
Enviada em: 02/10/2017

Trabalhadores, uni-vos    Terceirização é a contratação de serviços, por meio de empresa intermediária, entre o tomador de serviços e a mão-de-obra. Antes, os empregadores só podiam terceirizar atividades que não são inerentes ao objetivo principal da companhia. Neste ano, a terceirização de todas as atividades foi aprovada no Congresso Nacional sob pretexto de que beneficiará os trabalhadores. Todavia, isso não é verdade, uma vez que as reais consequências serão a redução de salários e o aumento do desemprego.   A Organização Internacional do Trabalho (OIT) já manifestou preocupação com o futuro dos brasileiros, o motivo é que quando se fala em terceirização, não há que se pensar em resultados positivos para o trabalhador: o salário de terceirizados é 24% menor do que o dos empregados formais, segundo o Departamento Intersindical de Estatística e Estudos Socioeconômicos (Dieese). Isso não é exclusividade do Brasil, países como China e México apresentam cenários semelhantes.    Outra conclusão da pesquisa realizada pelo Dieese, foi a de que terceirizados trabalham, em média, três horas a mais por semana do que contratados diretamente. Com mais gente fazendo jornadas maiores, deve cair o número de vagas em todos os setores. Por isso, os grandes incentivadores dessa medida foram os empresários - grupo que irá aumentar seus lucros, uma vez que quando há mais procura de emprego do que oferta, as pessoas aceitam receber menores salários.      Portanto, os efeitos negativos da terceirização para os trabalhadores são notáveis. Logo, é necessário que a sociedade civil ajuíze uma Ação Popular perante o Supremo Tribunal Federal de modo a anular a vigência de serviços terceirizados, pois o princípio constitucional da dignidade humana está em risco,  já que não há vida digna sem boas condições de trabalho. Ademais, deve-se fazer greves e protestos, de modo a pressionar o poder público a remediar esta situação.