Materiais:
Enviada em: 24/10/2017

Segundo um dos maiores filósofos da humanidade, o grego Aristóteles, o homem é um ser coletivo, por isso busca formas eficazes de se organizar na sociedade, utilizando a divisão de trabalhos como uma ferramenta primordial para tal fim. Todavia, ao longo dos últimos anos, ocorreu uma inversão do pensamento social, e a ideia do trabalho direto e igualitário foi deturpada em detrimento da ascensão da hierarquização e da externalização da labuta. Diante disso, surgiu, no Brasil, a necessidade de extinguir a terceirização de serviços como uma medida para promover a igualdade cívica.    As causas para a precisão da erradicação da externalização do emprego na civilização brasileira contemporânea são diversas, uma vez que, devido à ganância e ao egoísmo do ser humano, a incessante busca por lucros desagrega as relações de emprego tradicionais, gerando uma crise de desemprego estrutural. Ademais, devido ao sistema capitalista globalizado, o mercado de trabalho torna-se cada vez mais ambicioso e intransigente, exigindo padrões de trabalho insólitos e desumanos. E, devido à tibieza das ações estatais, há uma grande falta de assistencialismo para as minorias empregatícias, o que favorece a terceirização e promove o sucateamento dos direitos trabalhistas.    Dessa maneira, após a extinção da terceirização de ofícios, seriam geradas inúmeras consequências positivas para a nação, tais como: a melhoria da qualidade de vida, visto que melhores oportunidades de emprego surgiriam, o que harmonizaria o convívio intersubjetivo; o crescimento do PIB (Produto Interno Bruto), já que o equilíbrio social provocaria o aumento da produtividade laboral e a consequente expansão da economia; a diminuição do Coeficiente de Gini (medidor de desigualdade econômica), posto que todo trabalhador receberia salários dignos, o que tornaria o Brasil uma referência mundial.    É fato que a questão da eliminação da externalização de funções trabalhistas está presente em vários outros lugares do mundo. Entretanto, há países que conseguiram obter um melhor desempenho nesse processo, como o Japão, o qual investiu fortemente em educação e propiciou, para a população, uma maior criticidade centrada na valorização da labuta. Isso traz esperanças para o futuro do Brasil.    Portanto, para que a terceirização de serviços seja erradicada ou ao menos reduzida no Brasil, é imprescindível que o governo, responsável pela gestão de todos os parâmetros da vida em sociedade, sancione leis voltadas para propiciar a execução de medidas que visem à melhoria dos direitos dos trabalhadores, por meio da integração entre os Poderes Legislativo, Executivo e Judiciário, e assegure a integridade das minorias empregatícias, por intermédio da redistribuição adequada das verbas públicas para o setor de assistência social. Dessa forma, pode-se garantir um país melhor e mais igualitário para as gerações futuras.