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Enviada em: 17/05/2018

Na Antiguidade Oriental, o álcool e outras drogas eram vistas como dádivas dos deuses e eram abertamente usadas por todos, seja de maneira recreativa, seja em rituais religiosos. Já na contemporaneidade, o Brasil possui a política de criminalização de qualquer substância que ingerida ou inalada acometa em alterações no sistema nervoso central de forma perturbadora, como a maconha e o crack. Dessa maneira, é imprescindível o debate com uma perspectiva da droga como um desafio na sociedade brasileira e como resolver o impasse.    Segundo o sociólogo Émile Durkheim, fato social são ações que a sociedade impõe sobre o indivíduo de maneira exterior e geral. Dessa forma, os jovens, com grande influência e vivências negativas do meio em que se encontram, são mais suscetíveis a experimentar os entorpecentes e fazerem uso deles cada vez mais precocemente. Esses indivíduos, ao entrar para o mundo do tráfico, muitas vezes acometem criminalidades para bancar seus novos vícios, os quais são responsáveis por cerca de 32 por cento do crimes, segundo pesquisas.     Além disso, essa problemática não deve ser vista somente da concepção social, mas, da saúde também. Por ser um transtorno em diversos países diferentes, tanto nos desenvolvidos, como nos subdesenvolvidos, pode ser considerado uma endemia global que precisa ser solucionada, em consequência das graves alterações causadas no funcionamento do organismo, as quais podem levar à morte. Não só isso, como também o alto índice de prisões por crimes relacionados ao tráfico de drogas no Brasil corresponde a um terço do total dos presidiários, o que ocasiona no supercarceramento e revela a necessidade de alterações nas estruturas do Estado acerca das leis que regulam essas políticas dos alucinógenos e como reverter a situação dos carcerários viciados que não recebem assistência adequada para o tratamento e acabam por voltar à essa realidade quando libertos.     Portanto, o primeiro passo a ser tomado para solucionar o impasse seria os estados brasileiros, a partir de um levantamento estimativo, estabelecer uma priorização dos problemas e realizar campanhas para o público alvo. Como exemplo, para uma população com um grande número de jovens no mundo das drogas, cabe ao Ministério da Educação, em parceria com as escolas públicas e privadas, realizar palestras, atividades interdisciplinares e projetos, tal como o PROERD, entre os jovens, a fim de conscientizar e informar acerca dos males da droga. Ademais, cabe a Polícia Federal, aliada às Forças Armadas, atuar de maneira mais rígida no combate ao tráfico, por meio de medidas mais punitivas, maior recrutamento para essas áreas mais concentradas com o crime e vigilância, com o intuito de tirar o Brasil de vez do segundo lugar no ´´ranking´´ mundial com maior número de usuários desses vícios.