Materiais:
Enviada em: 18/05/2018

Ao longo do processo de formação do Estado setores sociais foram segregados. Nesse ínterim, observa-se que a epidemia de drogas está relacionada a fatores de ordem social, política e de saúde pública, tendo em vista que os indivíduos provenientes de classes sociais menos favorecidas são os mais afetados. Dessa forma, urge salientar as consequências dessa problemática e verificar o papel estatal entorno desse tema.     Segundo o sociólogo Émile Durckeim, o fato social consiste em maneiras de agir e pensar que contribuem para que os indivíduos sigam um comportamento coletivo e generalizado. Nessa perspectiva, muitos jovens veem no uso das drogas uma forma de integração social. Contudo, as consequências desse uso podem ser alarmantes, como overdose e assassinatos, principalmente, de negros residentes de favelas, tendo em  vista que a condição social cria um ciclo perverso na qual os mais pobres são vítimas de violência e omissão do Estado.       Outrossim, deve-se ao fato de que a proibição ao uso de substâncias ilícitas é vista como uma forma de acabar com o tráfico de drogas, entretanto, o número de usuários só aumenta. Em decorrência disso, o Uruguai em 2016 legalizou a planta Cannabis. A ação resultou na diminuição do tráfico de drogas. Paralelo a isso, a Fundação Oswaldo Cruz fez uma pesquisa que diz que 77% dos dependentes desejam tratamento e acesso à saúde, fazendo com que essa seja uma estratégia eficaz na diminuição do consumo e efeito das drogas.    Portanto, medidas são necessárias para reverter o problema. Logo, é imprescindível que o Ministério da Saúde promova intervenções focalizadas na recuperação do indivíduo, no âmbito da educação com o fito de integrá-lo socialmente. Além disso, o Estado deve ter como meta a inserção de cidadão recuperado, através de políticas públicas  de auxílio a psicólogos, emprego e moradia. Quem sabe assim, educando e recuperando a guerra às drogas não seja mais uma realidade.