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Enviada em: 30/07/2018

Compreendido como um lucrativo comércio ilegal, o tráfico de drogas é uma atividade presente no cotidiano de diversas sociedades do mundo. Assim como em outros países, o Brasil, em virtude do crescente contrabando de ilícitos, encontra dificuldades para estabelecer ordem no território e para consolidar proteção à sua população. Dessa forma, por ferir o direito social de segurança, estabelecido pela carta magna brasileira aos cidadãos da nação, a omissão dos órgãos competentes, frente a essa situação, torna-se inconstitucional.   Segundo dados retirados do portal de notícias do Globo, o tráfico de drogas, no Brasil, quadruplicou entre os anos de 2005 e 2017. Concomitante, do total de homicídios realizados em 2017, no país, mais da metade estava relacionado ao comércio ilegal de entorpecentes. Essa preocupante conjuntura vivenciada pela nação, deve-se às falhas históricas do governo nacional, que, desde o início da instauração da República Federativa, não investe em políticas públicas voltadas à educação de qualidade. Assim, visto o papel social das escolas de criar cidadãos responsáveis e atuantes de boas causas comunitárias, muitos desses jovens, geralmente moradores de periferias e sem acesso ao bom ensino, são usados pelos traficantes como massa de manobra na distribuição e venda de ilícitos aos usuários e aos dependentes.    Desta maneira, os consumidores de drogas por terem, em sua grande maioria, a noção de realidade deturpada e por apresentarem impasses para interação social, roubam e furtam a fim de alimentarem os seus vícios e aniquilarem suas dívidas, já que, caso não paguem pelas mercadorias, têm suas vidas ameaçadas pelos traficantes. Outro fator que contribui para o aumento da violência urbana é a disputa entre as facções brasileiras pelo domínio do narcotráfico, dado que, para conquistarem o território que desejam, membros das quadrilhas inimigas trocam tiros uns com os outros, atingindo, muitas vezes, inocentes. Ademais, a polícia, por não ter treinamento adequado e por estar desestabilizada diante do crescente poder paralelo do crime organizado, não consegue cumprir a sua função na sociedade, de evitar o caos e de proteger os cidadãos.     Em vista disso, cabe aos órgãos competentes do Brasil investirem na educação do país, criando instituições escolares que funcionem em tempo integral. Nesses colégios, além de um ensino didático de qualidade, os discentes teriam acesso ao esporte e à arte, enriquecendo, assim, seus conhecimentos e sua cultura. Destarte, envolvidos com as atividades escolares, os jovens não teriam tempo e nem interesse na participação do tráfico, pois como diria o saudoso lutador das minorias Nelson Mandela, "a educação é a arma mais poderosa que se pode usar para mudar o mundo".