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Enviada em: 11/08/2018

Das páginas literárias à realidade brasileira, o autor baiano Jorge Amado comoveu no romance Capitães da Areia com a história de crianças imersas à violência, uma vez que foi perceptível a possibilidade delas terem destinos diferentes se não fosse a realidade inserida. Nesse viés, as atividades para venda e compra de drogas ilegais influenciam diretamente para a violência no Brasil, certo que a implicação traz dependências, prejuízos a saúde e alimenta atividades irracionais. Entretendo, o consumo e o tráfico de drogas ilegais vêm crescendo a cada ano, haja vista a visão impunidade trazida pelas leis, aliado as frágeis políticas de controle no meio social.    A princípio, um crime onde a ideia é da não existência de punição a decorrência tende a ser maior, certo que os infratores se sentem seguros com a infração. De acordo a dados obtidos pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística(IBGE), 1 a cada 3 presos do Brasil são por fazerem tráfico, ademais existem nas Leis das Drogas tratamentos distintos para os réus pagarem a pena. Logo, as medidas das penas alternativas que serviriam para sanar a superlotação nos presídios é mais uma amostra encarrada como falta de punição, deste modo encontra-se um entrave entre as medidas implementadas já existente enlaçada a falta de punição.   Imerso à discussão, mostra-se cada vez mais necessária uma política que apresente à sociedade aprofundamentos dos desafios para conter o tráfico de drogas no Brasil, haja vista que a população tem voz e precisa ter os problemas inseridos nela debatidos. Ainda no contexto do livro escrito por Jorge Amado, os capitães da areia estavam inseridos na sociedade, entretanto os cidadãos ali apresentados fingiam não ver e os que viam e falavam não eram ouvidos. Diante disso, nas prorrogativas das Lei das Drogas no Brasil não é diferente, a problemática se mostra como trabalhada no meio social, entretanto não há meios para debates e apresentação do problema.   Entende-se, portanto, que é necessária uma mudança tanto legislativa quanto social para acabar ou amenizar o tráfico de drogas no Brasil. Para isso, o poder legislativo deve intervir criando leis com maiores anos de pena em reclusão para usuários e traficantes, enfatizando a importância da punição reconhecida pela sociedade e a busca da diminuição de infratoras e a superlotação nos presídios. Aliado as instituições de ensino estaduais e municipais, que por meio das adequações de pautas, deverão trabalhar com projetos que envolvam mais palestras, pesquisas e trabalhos em público geral para discutir as consequências das drogas e os meios de controle já existentes no país, assim trabalhando com voz da sociedade. Dessa forma, podendo  salvar parte dos cidadãos que perdemos no mundo do droga.