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Enviada em: 27/09/2018

A correlação intrínseca entre o tráfico de drogas e a violência urbana é nítida em grandes centros, onde a taxa de violência é alta e o narcotráfico é onipresente. A não legalização de algumas drogas restringe o acesso de uma parte da população, entretanto traz consequências mais danosas como mortes diretas e indiretas em guerras de facções ou com a polícia, roubos e a superlotação de presídios.   A lei seca implantada na primeira metade so século XX nos Estados Unidos demonstra que a proibição de destilados e fermentados aumentou consideravelmente a violência, mortes; além do surgimento de gângsters e bares ilegais. Nesse sentido, a ocorrência da legalização etílica diminuiu as agressões urbanas, retirou o poder das gangues e reduziu os danos à saúde, uma vez que, a censura legal aumentou a concentração alcóolica dos destilados, assim como ocorre atualmente nas drogas.   Sob esse prisma, na década de 70 o presidente americano Richard Nixon começou uma campanha de guerra contra às drogas, tanto na proibição de venda de produtos para a produção das drogas como no confronto direto com traficantes. E o resultado, 40 anos depois, foi a permanência da violência sistêmica mundial e a não diminuição do consumo das drogas.    Logo, urge que o Estado brasileiro trate as drogas como política pública, conforme a Suíça fez nos anos 80 em relação a heroína, a qual criou centros de reabilitação gratuito, fornecendo seringas e a própria droga com acompanhamento médico para diminuição gradual e reinserção posterior na sociedade. E o resultado dessa política efetiva foi a redução drástica do tráfico da droga e crimes urbanos, além de grande porcentagem dos viciados estarem introduzidos no corpo social com trabalho fixo e, portanto, com mais chances de largarem o vício.