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Enviada em: 05/06/2017

É indiscutível que o tráfico de drogas é uma das principais causas da violência urbana hodierna. Isso se justifica pelo comércio ilegal, a fim de dar continuidade ao tráfico, motivar tanto quem consome como quem comercializa as drogas a praticarem atos ilícitos que  ferem a segurança da sociedade, prejudicando-a significativamente.       Como a comercialização de drogas é proibida no Brasil e essa proibição acaba por valorizar o seu preço, as pessoas, principalmente as de baixa renda, sentem-se atraídas por esse comércio a ponto de serem capazes de prejudicar a vida de pessoas inocentes. Os altos lucros advindos da venda de drogas somado à ambição do ser humano, leva-o a cometer uma série de crimes como assassinatos, sequestros e contrabando de armas; tudo para manter o comércio ativo e rentável. Ademais, os consumidores dessas substâncias ilícitas também contribuem com o aumento da violência nas grandes cidades, ao se envolverem com roubos, assaltos entre outros meios de se obter dinheiro para sustentar o seu vício.       Entretanto, o problema maior não é a existência do tráfico, mas como ele é enfrentado pelos governantes. As últimas intervenções do atual prefeito de São Paulo frente a Cracolândia , expulsando os usuários de drogas de seus abrigos sem ao menos fornecer algum auxílio e a permanência dos antigos problemas deixa explícito que não é a proibição nem a repressão as soluções para o tráfico.         Diante das reflexões apresentadas, somadas aos bons resultados obtidos em países como Suíça e Uruguai, os quais ao em vez de criminalizar os usuários, oferecem prevenção e terapia, é notória a importância na mudança de atitude dos governantes do país para reverter o quadro apresentado.  A criação de programas de tratamento por administração supervisionada da droga e o fornecimento dela gratuitamente aos usuários, inspirados no programas adotados pelos países citados anteriormente, faria com que o tráfico e, por conseguinte, a violência fossem erradicados e aos poucos dimiuiria o número de dependentes químicos no país. Para que esse projeto tenha êxito, é necessário que cada município tenha um posto de assistência ao dependente, sendo somente possível com o redirecionamento do capital recolhido pela Receita Federal e organizado de maneira conjunta pelo Ministério da Saúde e os governos municipais.