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Enviada em: 30/10/2017

Título: As drogas como questão de saúde pública. A política de drogas no Brasil ainda é muito superficial. Não existe uma diferenciação entre usuário e traficante. A questão não é discutida dentro da sociedade. Carl Hart, neurocientista norte americano, em sua visita ao Brasil em setembro de 2017 enfatizou que é preciso parar de usar o termo Cracolândia (região central da capital Paulistana), que gera ainda mais preconceitos e associação do uso de drogas a pessoas marginalizadas e negra. Nessa afirmação percebe-se uma problemática: será que a sociedade tem noção de como é tratado e discutido as drogas na sociedade, e o que realmente gera violência? É fundamental avaliar que a problemática das drogas envolve questões relacionadas também a saúde pública, embora seu viés é muito mais pautado na questão da violência e repressão ao seu uso, desconsiderando assim seu uso em prol à saúde.  Além disso, é importante notar que a problemática das drogas seja discutida separadamente entre o conceito usuário x traficantes. A droga não deve ser tratada na mesma categoria de violência. A generalização provoca uma intolerância e repressão dentro da sociedade. Esse tabu é devido também ao fato de o traficante causar uma mobilização de violência urbana por parte das autoridades. Este quadro evidencia que precisamos redefinir a finalidade das drogas, ampliando sua conceituação. Percebe-se que a o problema é conscientizar a sociedade sobre os benefícios da droga para a saúde pública e desvincular sua utilização a restrição no tráfico. Desse modo, é preciso ampliar os programas de reabilitação em parceria com o ministério da saúde, OMS e Ongs de reabilitação, bem como reavaliar as definições de traficante e usuário junto ao legislativo em parceria com os médicos. Só assim a população enxergara a questão das drogas como saúde pública e o governo tratará a questão com menos repressão.