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Enviada em: 23/02/2018

Reprimir ou incluir?       A temática da violência urbana associada ao tráfico de drogas tem ganhado cada vez mais espaço no noticiário brasileiro, haja vista que tem-se configurado um cenário de guerra nas grandes cidades, em especial no Rio de Janeiro. Para enfrentar esse problema nacional, é essencial atacar as suas causas, de modo que ele seja definitivamente suprimido da sociedade brasileira.         Primeiramente, é válido destacar que o poder público, com o intuito de combater o tráfico, tem tomado medidas repressivas, a exemplo da instalação e manutenção de UPPs (Unidades de Polícia Pacificadora) em favelas do Rio de Janeiro. Embora a medida tenha, inicialmente, amenizado a violência, atualmente as pesquisas têm revelado que a repressão não é a solução. Afinal, segundo dados do aplicativo Fogo Cruzado, da Anistia Internacional, a maioria dos tiroteios ocorre exatamente em áreas onde estão implementadas as UPPs.         Diante desse quadro, torna-se evidente que o fim do tráfico no Brasil somente é possível se as suas causas forem atacadas. A principal delas é a desigualdade social, já que a falta de educação e de políticas inclusivas destinadas à população mais carente cria um cenário propício à busca de meios ilícitos, porém lucrativos, para a ascensão social. Assim, é fundamental que a inclusão seja o caminho para a solução do problema.          Portanto, a supressão do tráfico de drogas no Brasil deve perpassar pela inclusão social. Cabe ao Governo Federal a implementação de políticas inclusivas em favelas, o que pode ser feito pela instalação de centros esportivos e escolas de qualidade nas periferias, com o intuito de formar cidadãos capazes de ascender socialmente de maneira digna e honesta. Assim, o país poderá, pouco a pouco, destruir uma grave mazela social.