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Enviada em: 22/03/2018

Na aclamada série de televisão "Elementary"- inspirada nas obras do autor Arthur Conan Doyle- o personagem Sherlock Holmes, em busca de uma fuga do seu cotidiano acaba usando e viciando-se em cocaína, porém, a dependência o prejudica seriamente, quase o levando a morte, e ele se vê obrigado a buscar ajuda. Fora da trama, no entanto, a problemática das drogas é factual, e seu consumo vem gerando problemas não só ao usuário, mas a toda a sociedade, estando correlacionada quase sempre a aumento nos índices de tráfico e violência no mundo.    Mormente, cabe observar o vício de um ponto de vista neuropsicológico, visando avaliar o que de fato causa a compulsão. Em seu livro "O poder do hábito", o repórter e escritor Charles Duhigg nos explica como um comportamento pode vir a se tornar facilmente uma rotina ou até mesmo um mal caso seja repetido e recompensado. De fato, ao se avaliar as substâncias ilícitas, percebe-se que devido ao alto grau de prazer que ocasionam, tido pelo cérebro como recompensa, são extremamente viciantes, pois o encéfalo ira ansiar por mais doses de satisfação. De acordo com a literatura médica, por exemplo, a cocaína é capaz de causar dependência apos uma única experiência de consumo, pois o cérebro rapidamente se adapta as altas doses de dopamina, dessa forma, fica claro a importância de um debate sobre essa problemática.     Porquanto, cabe destacar que embora as drogas sejam ilegais, seu consumo move bilhões de dólares por ano, e é diretamente responsável por altos níveis de violência e morte. No filme "Tropa de elite" do cineasta José Padilha, o personagem Roberto Nascimento afirma que os usuários são os responsáveis pela violência na cidade do Rio de Janeiro, visto que sustentam o mercado de drogas. De fato, violência e o uso de substâncias ilícitas parecem ser dois problemas que caminham lado a lado, prova disso é a notícia de que o consumo de drogas causa 500 mil mortes anuais, vinculada pela OMS, destacando a forma como o consumo dessas substâncias deve ser visto como uma questão de saúde, não apenas como uma questão criminal.    Destarte, fica claro o problema do uso de narcóticos demanda debate urgente. Nesse sentido, medidas são necessárias para solucionar o impasse, primordialmente, cabe ao Ministério da saúde e a mídia- tida como quarto poder- vincular propagandas em canais abertos, visando combater o consumo dessas substâncias, aliado a isso o Ministério da educação deve criar cartilhas e palestras a serem distribuídas em ambientes estudantis, visando alertar desde cedo os jovens.Por fim, pode-se discutir a criação de uma emenda constitucional que puna mais severamente traficantes de drogas pesadas, só assim iremos garantir uma sociedade sóbria e segura.