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Enviada em: 22/04/2018

É de conhecimento geral que, atualmente, a transfobia é um dos problemas mais evidentes na sociedade brasileira. É mediante tal questão que muitas pessoas são mortas. Nesse contexto, é indispensável salientar que a discriminação para com as pessoas transexuais está entre as causas do problema. Diante disso, seja devido à falta de leis que protejam tais cidadãos, seja devido à falta de conhecimento sobre a diversidade de gênero, as pessoas que saem do convencional estão sendo mortas e é essencial que o Estado e a escola atuem de modo a impedir tal impasse.     A transfobia não é uma invenção do século XXI: durante as décadas de 1930 e 1940, a Alemanha Nazista perseguiu incansavelmente as pessoas que se afastavam do convencional, dentre elas as transexuais. Essa política discriminatória e preconceituosa, tristemente, refletiu-se por todo o ocidente e, nos dias atuais, está intrinsecamente ligada à realidade brasileira. Seguindo essa linha de raciocínio, o filósofo Nicolau Maquiavel sustenta a ideia de que os preconceitos têm mais raízes do que os princípios. De maneira análoga, é possível perceber que por falta de administração e fiscalização pública por parte de algumas gestões, a proteção a essa parcela da sociedade não é firmada.      Outro ponto relevante nessa temática, é o desconhecimento por parte da sociedade acerca da importância do respeito às diferentes formas de gêneros sexuais. Segundo ideário kantiano, o homem é o que a educação faz dele; e, sendo assim, é necessário preocupação. Sobre essa mesma ótica, estudos desenvolvidos pelo Instituto de Pesquisas da USP indicam que a convivência com o diferente e a tolerância são valores raros em uma sociedade que desconhece o significado do respeito ao próximo; e, por causa disso, registra-se, anualmente, mais de 300 casos de assassinatos de pessoas de gêneros sexuais não convencionais. Assim, uma mudança nos valores da sociedade é imprescindível para transpor as barreiras da transfobia.          É evidente, portanto, que ainda há entraves para garantir a solidificação de políticas que visem à construção de um mundo melhor. Para que isso ocorra, são necessárias medidas concretas que tenham como protagonistas o Estado e a escola. O Congresso Nacional deverá criar leis que punam com mais rigor os crimes de ódio destinados às minorias sexuais - homossexuais, transsexuais e lésbicas. Isso pode ser feito criminalizando os atos de violência física e psicológica, com efeito, tais atos discriminatórios não serão mais testemunhados pela sociedade brasileira. A mídia, por seu caráter formador, deve ensinar a importância da valorização às minorias sexuais, a fim de que o tecido social se desprenda de certos tabus para que não viva a realidade das sombras, assim como na alegoria da caverna de Platão.