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Enviada em: 11/05/2018

"É mais fácil desintegrar um átomo do que um preconceito." Albert Einstein, já em sua época, parecia prever uma informação importante: a dificuldade das pessoas em aceitar as diferenças alheias. Na atual conjuntura, esse fenômeno não é diferente, a intolerância está, cada vez mais, presente na sociedade brasileira, mormente, quando é vinculada aos grupos de transexuais e travestis. Dessa forma, é imprescindível analisar os motivos que impedem a diminuição da violência contra os trans, para assim, combate-la.     Cabe frisar que a ineficiência legislativa esteja entre uma das causas das agressões a esses indivíduos. De acordo com a ONG Trangender Europe (TGEU), entre 2008 e 2016, foram registrados 868 homicídios relacionados à transfobia, no Brasil. Ademais, esse tipo de crime é registrado como violência física ou injúria, uma vez que não há leis específicas que criminalizem a transfobia. Situação essa que possibilita a ocorrência de casos, como o de Luís Carlos, ambulante que foi espancado até a morte, no metro de São Paulo, após tentar defender uma mulher trans que estava sendo agredida. Logo, a proteção parcial dada é insuficiente.   É notório que o fortalecimento do preconceito, transmitido de geração a geração, impulsiona a hostilidade. Segundo Émile Durkheim, o fato social são formas de pensar, agir e sentir, que se generalizam em todos os membros de uma sociedade. Observa que a transfobia pode ser encaixada na teoria do sociólogo, visto que se uma criança vive em uma família com esse comportamento, tende a praticar também, em virtude da convivência e do exemplo. Assim, a educação e a criação dos indivíduos estão, diretamente, relacionados com o enraizamento e consolidação do problema nas terras verde e amarelo.   Fica claro, portanto, que a transfobia em debate urge solução. Por conseguinte, é necessário que o Governo Federal, autoridade máxima, garanta de fato segurança a esse grupo. Dessa forma, por meio de uma parceria com o Poder Legislativo, deve haver a promulgação de uma lei específica, que assegure aos trans, não só os seus direitos civis, mas como também, os sociais. Além de implementar delegacias especializadas, nas áreas mais suscetíveis aos crimes sofridos por essas pessoas, a fim de protege-los e ratificar sua liberdade. Assim, por mais que o começo seja a parte mais difícil do trabalho, como afirmava Platão, será possível desintegrar preconceitos, erradicando gradativamente a problemática.