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Enviada em: 19/06/2018

Na música "Born this way", a cantora Lady Gaga explicita o seguinte trecho "Não impota se você é gay, hétero, bi, lésbica ou transsexual. Você é bonito do seu jeito. Você esta no caminho certo.". Nesse contexto, entende-se a ideia de igualdade e da diversidade individual que devem ser respeitadas, entretanto, quando se trata principalmente de transsexuais essa realidade não parece existir. Desse modo, a exclusão, a marginalização e a violência contra esse grupo é um dos principais fatores para o debate da transfobia. Nesse sentido, é de extrema importância a punição severa de crimes de ódio, a inclusão das pessoas trans na comunidade e aplicação de educação de gênero nas escolas.            Em primeiro plano, o filme "A Garota Dinamarquesa" aborda uma história real de uma mulher trans que aceita passar pela primeira cirurgia de troca de sexo do mundo. À vista disso, o filme retrata todos os aspectos da vida de uma pessoa trans ainda no século XX, como, por exemplo, ser tratado como uma aberração, sofrer constante violência física e moral sem ter nenhum amparo e ter sua identidade de gênero reprimida. Apesar do tempo passar, o Brasil herdou esses hábitos grotescos, pois é o país que mais mata transsexuais no planeta, segundo portal G1. Logo, os cidadãos trans, por consequência do medo, se auto-segregam da sociedade, ou até mesmo de suas famílias, porque exclusos, eles atraem menos olhares transfóbicos que possam levar a violência ou até mesmo a morte.           Ademais, a consequência desse preconceito não para por ai. Diante da auto-segregação, poucos desses indivíduos terminam seus estudos e conseguem se empregar, tanto pela falta de formação profissional quanto pelo preconceito, além da falta de  moradia, por falta de renda ou apoio da família. Por conseguinte, as "profissões" ilegais como a prostituição são uma das saídas para esse grupo, além da criminalidade e uso de drogas. Ou seja, a transfobia não transforma só a vida pessoal de alguém, mas a vivência social como um todo. Dessa maneira, o sociólogo Durkheim dizia que a sociedade é como um corpo biológico igualitário e coeso e, para que ele funcione de tal maneira, todos os direitos dos cidadãos devem ser cumpridos, como direito à vida, à educação e ao respeito.          Entende-se, portanto, a necessidade do combate a violência e o desrespeito contra pessoas trans para que se evite todos problemas relacionados a ele. Sendo assim, cabe ao Judiciário, por intermédio de punições mais efetivas, aumentar a pena para crimes de ódio e incluir a obrigatoriedade de multas para esses casos, para que assim esses agressores não venham cometer mais crimes. Cabe, também, ao Ministério da Educação, por meio da inclusão de aulas de educação de gênero, ensinar e incentivar o respeito as pessoas independente do gênero, para que assim se crie cidadãos mais conscientes. Por fim, cabe ao Legislativo, a criação de leis, como cotas, que deve reintegrar os trans a sociedade.