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Enviada em: 16/06/2018

Na novela A Força do Querer, a personagem Ivana é marcada pelos preconceitos e pelas violências vividas, ao longo da narrativa, decorrentes da sua transexualidade. No entanto, tal realidade ultrapassa a ficção e se faz pertinente a milhares de pessoas que apresentam direcionamento sexual oposto. Dessa forma, deve ser analisado como a omissão da família e a ausência de políticas direcionadas a essa parcela da população brasileira contribuem para a prática da transfobia.  Em primeiro lugar, a transexualidade é definida pelo sentimento de não pertencimento ao gênero biológico, logo, a identificação desse fato, na maioria das vezes, ocorre na infância. Entretanto, a família, palco das primeiras interações dos indivíduos, não aceita , em muitos casos, esse processo devido à intolerância e a falta de de informações. Em decorrência disso, tais seres ficam expostos a agressões tanto por parentes quanto por desconhecidos, ademais, as chances de desenvolverem problemas psicológicos, como depressão e suicídio , aumentam.  Em segunda análise, de acordo com o Grupo Gay da Bahia ( GGB), cerca de 445 lésbicas, "gays", bissexuais e transexuais ( LGBT ) foram assassinados no ano de 2017, a exemplo da travesti Dandara que foi espancada até ir à óbito.Isso ocorre, em grande parte, pela carência de leis que criminalizem a transfobia. Por conseguinte o número de vítimas agredidas cresce,a cada ano,junto com os índices de preconceitos orais. Além disso, a insuficiência de políticas públicas,que priorizem esse grupo minoritário, gera entraves no inserimento dos "trans" no mercado de trabalho, uma vez que várias empresas e universidades estereotipam esse conjunto de cidadãos. Assim sendo, tais pessoas ficam à margem da sociedade e exclusas de direitos, como emprego, moradia e segurança.  É evidente, portanto, que a transfobia é um desafio para a consolidação do bem-estar social dos LGBT. Dessarte, é necessário que o Governo Federal, em parceria com os poderes Legislativos e Judiciário, aprovem uma lei específica  que criminalize a homofobia, a fim de cessar a ação dos agressores e garantir a estabilidade dos "trans". Para mais, a tríade: família, mídia e Ministério da Educação, crie campanhas que tenham como tema principal a pluralidade de orientações sexuais, por meio de propagandas e palestras acessíveis a todos os tipos de público. Espera-se, com isso, a diminuição dos casos de transfobia.