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Enviada em: 07/07/2018

“Quando se perde o direito de ser diferente, perdemos o privilégio de sermos livres”. A partir desse conceito de Charles Hughes, identifica-se a importância de combater a transfobia, que no Brasil, é fomentada por uma sociedade conservadora que perpetua o preconceito. Além disso, a pouca efetividade da legislação impede o combate à transfobia, a qual tende a se acentuar.     Segundo o médico psicanalista Mauro Hegenberg “projetamos no outro aquilo que está em nós mesmos”. A partir disso, a transfobia é recorrente pois é a herança de um país, que por muito tempo, teve o conservadorismo como base de sua cultura, e por isso dissemina preconceitos. Desse modo, a ausência de educação baseada no respeito à diversidade, não só inviabiliza o combate a transfobia, como ainda acentua esta, uma vez que, segundo a ONG TGEu o Brasil lidera o ranking mundial de mortalidade trans. Portanto, é necessário despertar o respeito nas pessoas, para que isso seja projetado nas atitudes quanto aos trans, e a mudança ideológica só é possível com modificação na educação.     As pessoas trans devem ser tratadas igualmente no estado democrático de direito. Contudo, o governo brasileiro abre espaço, indiretamente, à transfobia por não haver uma norma efetiva de punição desse ato. A partir disso, a aversão aos transexuais é acentuada, sobretudo, no atual contexto sócio-político brasileiro, pois segundo o FBSP, em meio à insegurança as pessoas tendem a apoiar posições autoritárias, as quais vão de encontro aos direitos das minorias, principalmente, da população trans. Segundo Aristóteles “a lei é ordem, e uma boa lei é uma boa ordem”, dessa forma, a ordem promovida pela justiça pode combater a transfobia no Brasil.    As pessoas trans devem ter sua liberdade e seus direitos assegurados. Logo, o Ministério da Educação deve impor na matriz curricular de ensino debates mensais nas escolas sobre diversidade e respeito, para que pela sensibilização o respeito aos trans se torne normal. Além disso, devem ser efetivadas leis que punam com multa e detenção atos de transfobia, e aliado a isso sejam criados departamentos específicos nas delegacias para facilitar a denúncia e punição desses casos.