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Enviada em: 22/06/2018

"Sobre seu próprio corpo e mente o indivíduo é soberano".As palavras do filósofo britânico John Stuart Mill nos permite refletir sobre a transfobia,termo utilizado para definir aversão ou discriminação contra pessoas transexuais ou transgêneros,tendo em vista a liberdade inerente a todo ser humano de se identificar com um gênero diferente do seu.Entretanto,esse direito é constantemente ameaçado no Brasil tendo em vista a falta de informação sobre esse grupo,constantes vítimas de ódio e discriminação.  A transfobia tem raízes culturais que se assentam em uma estrutura tradicionalmente cissexista,que apaga a existência dos transgêneros e repudia posturas diferentes,além da perpetuação da ideia de que a identificação de gênero é uma escolha.Para o psiquiatra Alexandre Saadeh, coordenador do Ambulatório de Transtornos de Identidade de Gênero do Hospital das Clínicas,há bases biológicas no DNA que indicam tendências da condição transgênero desde a primeira infância.   Apesar dos grandes avanços sociais,como a retirada da transexualidade da lista de doenças mentais da OMS e a cirurgia de redesignação do fenótipo masculino para feminino oferecida pelo SUS,a violência verbal e física sofrida por esse grupo ainda são uma realidade.Segundo o Grupo Gay da Bahia,o Brasil é o país que mais comete crimes contra minorias sexuais no mundo.  Nesse ínterim,sobre o prisma do desrespeito à comunidade trans,medidas mais energéticas devem ser tomadas.Nesse sentido,o Poder Legislativo deve tipificar o crime de transfobia como hediondo,por meio do Código Penal,com o fito de mitigar a violência sofrida por esse grupo.Espera-se com isso construir uma sociedade mais igualitária e fraternal.