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Enviada em: 30/08/2017

A invisibilidade de pessoas transexuais na atual conjuntura da sociedade brasileira abre uma grande margem para a expansão de crimes de ódio contra essa parcela da população. A negligência na criação de um canal de debate a respeito do tema gera uma onda de transfobia que cresce em cascata; pela falta de informação e preconceito na esfera civil, e pela exclusão da participação política na esfera do poder público.      A ausência de ícones e personalidades que representassem a transexualidade fez com que a maioria das famílias brasileiras jamais discutisse de maneira natural, como deveria, a participação de trangêneros na sociedade, e a falta desse canal de comunicação entre a família faz com que o assunto fique de lado ganhando um teor de obscuridade, algo não discutível.    Se no ambiente familiar o tema já sofre uma enorme negligência, na visão escolar assume um caráter de tabu; uma escola que não está disposta a abrir o diálogo para assuntos relacionados à identidade de gênero, muito possivelmente não saberá como lidar, proteger seus alunos e instituição de eventos transfóbicos.     Todavia, a maior disparidade na inserção de transexuais na camada civil parte justamente do poder público que, muitas vezes por falta de imparcialidade, exemplificado na ausência plena do estado laico, não confere os direitos e apoios que esse grupo social necessita gerando assim um “sistema de marginalização”, no qual o indivíduo é proibido de usar o nome social, o que implica na exclusão dessas pessoas.    O debate em torno da transfobia precisa comportar o povo e o governo agindo não apenas para o fim da violência, como ainda encontrando meios de integrar essa população; Introduzindo a questão no dia a dia da sociedade, pela inclusão de debates a respeito, como no caso do Enem que todos os anos utiliza de seus temas de redação para fomentar a discussão de temas importantes entre jovens e suas famílias, ou criando representatividade nos meios midiáticos, o incentivo a participação de personagens trans em livros, filmes e principalmente novelas.A reafirmação da cidadania e dos direitos garantidos pelo estado, a criação de leis que protejam o transgênero, como a caracterização dos crimes de ódio contra essa parcela da população, e o reconhecimento do direito de uso do nome social nos documentos de registro nacional, como RG e CPF, tirando o caráter de marginalização.