Materiais:
Enviada em: 29/08/2017

As práticas de preconceito e discriminação continuam a testemunhar o que de pior o ser humano pode apresentar. Historicamente, tais fenômenos estiveram intimamente relacionados à questão da homoafetividade, recebendo, por definição, o nome de transfobia, isto é, aversão à orientação e identidade sexual de lésbicas, gays, bissexuais, travestis e transsexuais ( LGBT). Desse modo, faz-se necessário analisar os motivos pelas quais a intolerância ainda persiste, bem como suas consequências para o público em questão.    É fundamental pontuar, de início, que a transfobia é, ainda que implícita à primeira vista, fruto de um processo histórico. Segundo o filósofo Durkheim, os fatos sociais são dotados de exterioridade, sobretudo. Por exemplo, ao longo do tempo a cultura do casamento entre pessoas de sexo oposto permaneceu ideologicamente visto como símbolo da normalidade ( heteronormativo). Por conseguinte, as crianças e jovens, pela convivência em grupo, consequentemente, internalizam os mesmos preconceitos e ideias. Assim, ao longo da História, como fato social, a homoafetividade foi considerada anormal e hedionda.   Outrossim, é importante pontuar, ainda, a insuficiências das leis brasileiras contra a violência que o segmento LGBT enfrenta trivialmente. Ao contrário de países, como Suécia e Inglaterra, o Brasil não possui uma lei específica que tipifique a prática de violência física e psicológica como crime, o que aumenta a liberdade para que tais atos ocorram. Destarte, não raro, a censura sofrida leva ao medo de muitos indivíduos expressarem sua identidade sexual, inclusive, de acordo com psicólogos, aumentou os casos de depressão e suicídio entre esses. Portanto, medidas prementes devem ser tomadas em prol da erradicação da execrável prática da transfobia.    Levando em consideração os aspectos supracitados, é preciso que o Governo Federal, em parceria com ONG's relacionadas à problemática, em conjunto, através de campanhas nas mídias, busquem conscientizar a população em relação a orientação sexual de cada indivíduo, em benefício do bem-estar social e do próprio pilar da democracia: a liberdade de expressão. Ademais, o Congresso Nacional deve criar leis específicas voltadas à condenação de indivíduos que ousarem usar de violência contra o público LGBT. Por fim, os professores devem, desde cedo, debater com os alunos acerca da problemática, instigando-os à conscientização e o respeito ao próximo. Quem sebe, assim, o fim da transfobia, deixe de ser uma utopia para o Brasil.