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Enviada em: 23/08/2017

Nenhuma pessoa deve sofrer discriminação pela sua cor de pele, religião, condição social e opção sexual. Esse é apenas um dos princípios defendidos na Declaração dos Direitos Humanos e na Constituição Federal de 1988. Entretanto, a sociedade brasileira não respeita a opinião do próximo agindo de forma preconceituosa e discriminatória com diversas minorias.       Deve-se observar, primeiramente, que os inúmeros casos de transfobia no Brasil se dá pela forte manutenção de uma sociedade arcaica e conservadorista. Dessa forma, diversos travestis e transexuais são agredidos ou sofrem algum tipo de discriminação diariamente por indivíduos que se acham superiores e/ou acham ter o direito de atacar a minoria. Além disso, muitas pessoas, baseadas em nenhum tipo de pesquisa ou exatidão científica, acreditam erroneamente que os transgêneros são transmissores ambulantes de DSTs, assim como a AIDS. Logo, mudar esta realidade é uma necessidade e não um fato opcional.       É importante destacar, também, que a falta de inclusão social para os transgêneros é um dos principais motivos para o contínuo preconceito na sociedade brasileira. Nesse sentido, uma grande parte de travestis e transexuais sentem-se coagidos ao tentarem uma vaga de emprego ou até mesmo realizar tarefas do cotidiano, como comprar roupas, utensílios, ir a banheiros públicos, etc. Uma pesquisa realizada pela revista Veja em parceria com grupos LGBT, mostrou que cerca de 73% das pessoas que se identificam como transgêneras perdem a vaga de emprego ou são mal atendidas em estabelecimentos.       "O que é o preconceito senão uma falta de consciência com a própria espécie". Parafraseando o pensador e geógrafo Milton Santos, percebe-se que a transfobia está tomando proporções irreversíveis na sociedade brasileira e precisa ser combatido com os auxílios da mídia, dos Poderes Executivo e Judiciário e do Ministério da Educação aliado às escolas. Portanto, é importante que a mídia, com seu poder de difundir ideias, realize propagandas e campanhas visando diminuir a transfobia. Ademais, a participação dos Poderes Executivo e Judiciário é de extrema importância para evitar e punir aqueles que agem de forma preconceituosa. Para mais, realização de palestras e apresentações pelo Ministério da Cultura em escolas públicas e particulares visando uma menor intolerância e maior inserção social de transgêneros.