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Enviada em: 24/08/2017

Brasil, Um País de Todos?            Na contemporaneidade brasileira, assiste-se ao aumento de casos relatados sobre o preconceito em relação a travestis, transexuais e transgêneros. Nesse âmbito, pode-se observar que isso se deve ao pensamento conservador da maioria da população e ao estigma dos padrões impostos por adultos na infância. Dessa forma, é imperioso refletirmos sobre essa realidade e buscarmos intervenções.          Nessa perspectiva, é válido pensarmos em algumas causas do preconceito, entre elas, o conservadorismo, origem do esteriótipo feminino-masculino. Sem dúvida, as convicções criadas na Antiguidade inferiorizando a comunidade trans ainda se perpetuam e, infelizmente, se refletem nas intolerâncias atuais. Lamentavelmente, a diversidade sexual é vista como um tabu de difícil compreensão, tal aspecto é observado no filme A Garota Dinamarquesa, que retrata a primeira cirurgia de mudança de sexo em um transgênero, após longos anos de repressão pela sociedade. Desse modo, nota-se que apesar de grandes evoluções tecnológicas realizadas pelo homem, o preconceito ainda é uma mancha na história da humanidade.               Acresce-se a isso, a padronização da virilidade masculina e do recato feminino, a qual contribui para o aumento dessa problemática. Isso ocorre porque pais, avós e familiares impõem regras e práticas individuais de gênero, como brincadeiras, roupas e cores relacionadas ao sexo. Parafraseando Rousseau, com aporte na célebre frase: "O homem nasce bom, mas a sociedade o corrompe", evidencia que o preconceito e as atitudes segregacionistas são criadas e impelidas por outras pessoas. Sem dúvida, com essas práticas, vê-se gradativamente, a garantia e o direito às liberdades sendo oprimidas, dando espaço ao preconceito.                  Percebe-se, portanto, que o conservadorismo e o esteriótipo são uma resistência à solução dessa adversidade. Por isso, é necessário que as famílias debatam esse assunto de forma liberal, oferecendo apoio, simultaneamente com as escolas, com projetos que enfatizem o respeito mútuo e a criação de disciplinas afins para discussão do tema, com ajuda do corpo docente e de psicólogos. Paralelamente a isso, campanhas midiáticas devem ser realizadas a fim de alertar a população sobre a dimensão desse problema. Desse modo, o Brasil obterá êxito em uma convivência mais democrática.