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Enviada em: 29/08/2017

O Brasil, apesar do seu tamanho continental, ainda se apresenta como uma sociedade mecânica que segundo Durkheim é dotada de uma consciência coletiva com pouco espaço para individualidades. Assim, ser homem ou mulher trans não se encaixa nos padrões pré definidos e, em geral, a as atitudes do grupo são para corrigir esse "defeito social". A transfobia é alarmante e mata centenas de brasileiros por ano. O desconhecimento e a falta de aceitação familiar são os principais fatores que expõe os trans ao risco todos os dias.       Em primeiro lugar, é importante citar que o movimento LGBT ainda é muito recente na sociedade, portanto todas as suas diferenças e especificidades são pouco conhecidas por quem não se envolve ou simpatiza com as ideias desse grupo. Diante disso, o preconceito ganha espaço e os índices de violência só aumentam, em 2016, por exemplo, 343 LGBT foram assassinados no Brasil. Esse dado é chocante e mostra a falta de aceitação que a sociedade tem acerca do diferente e do desconhecido.       Acresce que essa falta de conhecimento influencia fortemente o eixo familiar e muitos pais não conseguem aceitar a escolha dos filhos. Em função disso, os familiares começam a pressionar, especialmente por meio da religião, para que a pessoa trans se encaixe no seu sexo biológico. Nota-se que muitos não suportam esse ambiente e acabam indo morar nas ruas, o que aumenta a vulnerabilidade e  as chances de sofrerem alguma violência por serem extremamente marginalizados no Brasil.       Conclui-se que é necessário debater sobre a transfobia e difundir informações sobre esse grupo para evitar que os crimes de ódio continuem. Assim, é preciso que o movimento LGBT utilize a internet, redes sociais e cantoras como a Pablo Vittar para abordar o tema e esclarecer dúvidas, visando aumentar o conhecimento acerca desse grupo social, especialmente para o público jovem. Também é preciso discutir o projeto de lei que criminaliza a homofobia, tornando-a um crime inafiançável e imprescritível. Dessa forma, é possível diminuir a transfobia e poupar a vida de milhares de brasileiros do ódio e da morte.