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Enviada em: 25/08/2017

Dandara dos Santos, transsexual de 42 anos que foi morta após brutal espancamento no Ceará, assim como ela outros homossexuais são agredidos e mortos todos os dias no Brasil. Devido a divulgação do vídeo no qual Dandara era covardemente apedrejada as discussões sobre transfobia no país cresceram, porém, apenas em redes sociais, pois alguns setores brasileiros preferem se abster por serem coniventes dessa intolerância.        Em primeiro lugar, quando traçado o caminho originário desse preconceito encontra-se a instituição mais antiga e conservadora, a igreja, sendo essa no Brasil predominantemente cristã e disseminadora do repúdio ao homossexualismo e ao transformismo sexual. Em função da sua grande influência sobre a população, o ideal de liberdade sexual é reprimido e condenado, tornando difíceis decisões como a identificação de gênero e a mudança de sexo. A isso se deve acrescentar, o apoio familiar que é convertido em pressão para que o indivíduo siga o padrão estabelecido pela sociedade, o que vai contra o que o filósofo John Stuart Mill defendia, que sobre seu próprio corpo e mente o indivíduo é soberano.        Ademais, a dificuldade que os homossexuais enfrentam para conseguir benefícios e direitos a partir da lei é relacionada diretamente com a super representatividade cristã no Congresso Nacional. Cabe acrescentar, que direitos fáceis de serem adquiridos por casais héteros como o casamento e a adoção de crianças se tornam um verdadeiro desafio para casais homoafetivos. Além disso, o Estado demonstra através do seu não interesse em realizar campanhas de combate a discriminação desse grupo o seu caráter diligentemente homofóbico.      Destarte,para que a violência e a intolerância contra os homossexuais seja combatida, faz-se necessário que a mídia divulgue projetos e campanhas sobre a importância da liberdade sexual e do respeito a escolha individual. Cabe ao governo, a implementação de leis para a proteção desse  grupo e garantir maior facilidade  nos processos burocráticos quanto ao casamento e a adoção. Somado a isso, escolas e universidades devem realizar palestras e debates sobre tolerância às minorias.