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Enviada em: 30/08/2017

Eliminando o preconceito através da inclusão       A discussão de determinados temas pode ser embaraçoso, sobretudo, em sociedades que ainda convivem com preconceitos como a brasileira. No entanto, incluir esses assuntos nas pautas que se propõem ao debate propositivo será preponderante para a construção de uma sociedade mais equânime e que, de fato, promova a inclusão.        Nesse ponto, as questões de gênero - especialmente aquelas relacionadas aos transexuais e travestis - aparecem, frequentemente, em páginas sangrentas dos noticiários evidenciando a manutenção da exclusão o que denota a violência contra o que é tido como diferente. Nesse sentido, esquivar-se de debater assuntos como estes aponta para um mecanismo de defesa de um povo, cuja construção histórica e social, esteve marcada por atos excludentes e que marginalizaram minorias.         Não se pode, nesse caso, desviar o olhar do passado. Estaríamos fadados a não interromper o ciclo que se tornou vicioso e responsável pela perpetuação de atitudes preconceituosas, facilmente comprovadas pelo alto índice de mortalidade por atos violentos de indivíduos que se diferenciam da imagem hegemonicamente construída de homem e mulher.       Então, façamos uma breve retrospectiva histórica para rememorar a forma de apropriação do território brasileiro pelo colonizador europeu sobretudo a partir do uso de métodos de exploração de minorias e a consequente marginalização que se evidencia até hoje. Nesta perspectiva pode-se perceber, em uma análise sociológica, o despontar de um povo marcadamente patriarcal e submisso aos interesses de uma classe minoritária e dominante cujo poder hegemônico não permitiu a abertura de agenda para discussão de temas espinhosos.       Torna-se evidente a necessidade da criação de meios que permitam o debate de temas como os relacionados às questões de gênero. Este seria o primeiro passo para a transformação da sociedade, especialmente com relação a aspectos culturais e sociais, possibilitando o entendimento de que novas famílias vêm sendo construídas e rearranjadas. Para tando a inclusão da temática no ambiente escolar através da modificação das diretrizes de ensino poderá contribuir para a quebra dessas construções ideológicas que tendenciam à exclusão. Além disso, organizações não governamentais, associações e a própria Igreja que congrega à pessoas de diferentes culturas e formas de viver poderão contribuir para que o debate envolva a sociedade civil e provoque o poder legislativo quanto à construção de Leis que protejam essa parcela da população que também faz parte do povo brasileiro.