Materiais:
Enviada em: 28/08/2017

Fazer parte da sociedade LGBT significa lutar todos os dias por direitos e respeito. A questão da transfobia, repulsa ao indivíduo cuja identidade de gênero difere daquela designada no nascimento, exige uma discussão mais ampla sobre como um corpo social que se declara civilizado e globalizado ainda perpetua atitudes que provocam retrocesso.   Em primeiro lugar, é preciso pontuar que a sociedade ainda não se desprendeu das amarras do pensamento conservador proclamado principalmente pela igreja, que considera a população LGBT além de diferente, pecadora e anormal. Apesar da Constituição Brasileira estabelecer que todo cidadão tem direito à liberdade de expressão e criminalizar atitudes contrárias a essa determinação, o número de assassinatos vítima da "LGBTfobia" saltou de 260 em 2010 para 343 em 2016, mostrando a persistência e o agravamento da intolerância.   O filósofo Jean-Paul Sartre afirma que a violência, independente de como ela se manifesta, é sempre uma derrota. Segundo dados estatísticos, a cada 25 horas um LGBT é assassinado, o que faz do Brasil o campeão mundial de crimes contra as minorias sexuais. Diante disso, é preciso levar em conta que a esfera popular não possui um auxílio de como lidar com as diferenças sociais, uma vez que não há intensa discussão social para amplificação de ideias.  Portanto, medidas são necessárias para a resolução do impasse. Deve-se estabelecer melhores investigações por parte do governo, com propósito de punir de forma adequada todos os atos que descumpram a Constituição. Além disso, o MEC deve instituir nas escolas públicas palestras ministradas por psicólogos, que discutam sobre as identidades de gênero, a fim de que se possa ser difundida a ideia de respeito e cooperação social em prol de um meio melhor para convivência.