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Enviada em: 21/09/2017

Um show de respeito    Considerada o maior evento do mundo na sua categoria, a Parada do Orgulho LGBT de São Paulo demonstra a expressividade dessa população no Brasil. Apesar disso, essas pessoas ainda não possuem representação política, o que amplia os casos de violência contra elas e dificulta o reconhecimento da gravidade dessa situação.     Primeiramente, deve-se compreender como a falta de medidas públicas afeta essa realidade. Segundo o Grupo Gay da Bahia (GGB), o número de homicídios por LGBTfobia quase triplicou em 16 anos. Esses dados assustadores, no entanto, não são devidamente notificados pois a GGB não se trata de um órgão governamental, ou seja, como não há delegacias especializadas para receber essas denúncias e os casos ficam subnotificados com as demais mortes. Assim, a problemática não recebe o devido destaque e a intolerância continua crescendo.     Tal discriminação, tem sua principal origem nas instituições sociais. Como dito por Nelson Mandela, ninguém nasce preconceituoso, mas, como todas as demais ideologias, aprende-se no decorrer da vida. E, considerando como Durkheim, que é papel das instituições, como igreja e família, ensinar essas ideias, à elas também deve ser atribuída a responsabilidade na disseminação do ódio e aumento da violência.     Portanto, é evidente que a transfobia deve ser combatida no Brasil. Para que isso ocorra, é preciso que o Poder Legislativo e Judiciário aprove a criação de leis que protejam essa população, como a elevação desses homicídios a crime de ódio, e implemente delegacias especializadas. Além disso, a mídia deve, por meio de novelas e debates, divulgar essa realidade e conscientizar sobre a importância do respeito aos LGBTs no diversos âmbitos sociais. Assim, diminuindo o preconceito, o Brasil não servirá de palco apenas para maior evento LGBT do mundo, mas também para um exemplo de respeito à diversidade.