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Enviada em: 01/09/2017

A transfobia se caracteriza como a aversão, a discriminação e o desrespeito contra indivíduos transexuais e travestis. Esse preconceito desencadeia muitas vezes ações violentas que deixam sérios traumas em suas vítimas, sejam eles físicos ou psicológicos.   No Brasil são constantes os casos de violência contra esse grupo. Somente no ano de 2016, foram assassinadas 343 pessoas da população LGBT. Os agressores são motivados a praticarem tais atos pela certeza da impunidade e pela crença de que estes são seres inferiores porque possuem características diferentes das suas- ideias essas que têm raízes do período colonial e ditatorial do Brasil. Nesse âmbito, todos os setores da sociedade acabam tendo tal pensamento preconceituoso, pois este se encontra já enraizado.   Diante disso, as instituições formadoras de conduta cidadã, como a família e escola, acabam também sendo palco de agressão e de disseminação de ódio. Nesse caso, predomina-se a violência física e verbal. Esta última pode ocasionar problemas psicológicos nas vítimas como a depressão e o desenvolvimento de tendências suicidas. Assim, o ambiente hostil em que se encontra o travesti e o transexual estimula o abandono da vida escolar. Além disso, segundo a Associação Nacional de Travestis e Transexuais, cerca de 90% desses indivíduos recorre à prostituição como forma de subsistência, em virtude da dificuldade de se encontrar um emprego, devido ao preconceito existente no mercado de trabalho e pela falta de formação escolar.    Sob esse viés, urge que as escolas e as universidades promovam palestras sobre educação sexual para seus alunos.O Estado deve investir na construção de ouvidorias especializadas em casos de violência contra a população transexual e travesti.É necessário também que os indivíduos que presenciarem algum caso de violência contra esse grupo o denunciem.Para tanto, um aplicativo de denúncias específico para esse tipo de crime ajudaria na identificação dos infratores e na sua apreensão.