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Enviada em: 03/09/2017

A transfobia tem mostrado sua face radicalmente no Brasil e sua disseminação não para de ir adiante, mostrando a realidade perversa da mentalidade individualista da sociedade brasileira. Fator esse, que obtém a contribuição da omissão do Estado em defender legalmente as minorias sexuais e a bagagem histórica reproduzida pela população.         De acordo com o Grupo Gay da Bahia (GGB), a cada 25 horas um LGBT (lésbica, gay, bissexual e transsexual), morre no Brasil. Óbitos causados por ódio ao não semelhante. Deste modo, a modernidade líquida expressada por Zygmunt Bauman, se faz presente, pois, o individualismo social atual cega o ser humano, levando-o a não praticar a empatia e em casos extremos crimes de fúria, atrelado a isso o Estado também se omite das causas sociais, focando apenas no âmbito econômico, propagando a liquidez.            Ademais, a sociedade incorpora os padrões sociais impostos e os reproduz ao longo das gerações, segundo o sociólogo Pierre Bourdieu, na teoria Habitus. Sendo assim, o sentimento de raiva reproduzido as minorias sexuais é transmitido culturalmente, naturalizando-se ao longo do tempo, visto que, o Brasil é o país com a maior população católica do mundo, religião que propaga a família tradicional como única correta, induzindo essa mentalidade as seus seguidores, somador para a rejeição dos transsexuais por serem opostos aos dogmas católicos.               Deste modo, a transfobia infelizmente não para de crescer no país. Para atenuar a problemática urge que o Ministério dos Direitos Humanos, faça uma lei que torne crime inafiançável a transfobia, seja ela oral ou física, para garantir o direito dos cidadãos incluídos no grupo LGBT. Ademais, cabe aos pais educarem seus filhos para respeitarem as diferenças sexuais, independente da crença religiosa, pois, o Brasil é um país laico e os dogmas religiosos não podem interferir no âmbito social coletivo. Assim, a face perversa da transfobia poderá ser combatida na nação.