Enviada em: 12/10/2017

Com o avanço e a massificação do processo de inclusão digital, inúmeros temas tornaram-se foco de debates, um deles é a forte presença da transfobia na realidade brasileira, fato que é provado através de dados que explanam a crescente onda de intolerância em território nacional. Tal realidade deriva de vários fatores históricos e culturais, como a forte presença do cristianismo no país e os valores europeus que nos são anexados desde o período das grandes navegações portuguesas.  É indubitável que um dos maiores gatilhos causadores desse preconceito é a questão religiosa já citada, marginalizando minorias que possui um viés filosófico diferente da maioria cristã, que por séculos foi tido como certo e apenas na últimas décadas vem sendo questionado. Essa opressão que muitas vezes parte de católicos e protestantes fica ainda mais explícita quando se observa a hipervalorização do modelo familiar tido como tradicional segundo os dogmas da Igreja Católica, onde seus seguidores condenam fortemente qualquer configuração familiar que fuja desse padrão.  Infelizmente esse problema não se limita apenas ao campo religioso, culturalmente o brasil formas muitos cidadãos incapazes de conviverem com as diferenças, tratando transexuais como anormais, o que denota um forte preconceito enraizado em nossa população, tal problema é antigo, mas apenas agora vem recebendo a devida atenção.  Essa é um realidade de proporções nacionais e que anualmente vem apresentando dados alarmantes, como o grande aumento do número de denúncias dos últimos cinco anos, o que desencadeia a necessidade de medidas que busquem amenizar o problema. Opções viáveis seriam a implementação de leis rígidas com intolerantes, seminários em todos os níveis de ensino e campanhas publicitárias que busquem conscientizar a população local. Para realizar tais ações faz-se necessária a colaboração entre família, comunidade e Estado, acompanhando os mais jovens e lutando pela igualdade social através de intensa fiscalização e cooperação.