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Enviada em: 24/09/2017

A violência à comunidade LGBT (Lésbicas, Gays, Bissexuais, Travestis, Transexuais e Transgêneros) cresce abruptamente na sociedade brasileira. Disseminadas, sobretudo, através dos meios virtuais, essas agressões podem ser verbais, físicas e, em alguns casos, levar até mesmo à morte. Fruto do preconceito e da ignorância, esses ataques tornaram-se, cada vez mais, frequentes e sérios, especialmente contra os transexuais. Nesse sentido, deve-se atentar para a intolerância e para a ignorância da população sob influência da mídia nessa questão.       Inicialmente, é necessário ressaltar a discriminação que ocorre com esses grupos. Segundo levantamento do Grupo Gay da Bahia, 2016 teve o maior número de vítimas da comunidade. Isso porque, mesmo com os atuais movimentos sociais, como o feminista e o próprio LGBT, o conservadorismo das antigas sociedades permanece enraizado no paradigma social brasileiro. Como exemplo disso, é divulgado frequentemente na mídia relatos de agressão, prisão e tortura a transexuais e travestis, especialmente. Dessa forma, essa parcela da população torna-se marginalizada e tem sua cidadania limitada.       Outro importante fator a ser destacado é a falta de conhecimento sobre o assunto. Grande parte da população não busca informação sobre o transexualismo e a transgeneridade, recorrendo apenas ao que é mostrado pelos veículos midiáticos. A partir disso, desenvolvem argumentos sem nenhum tipo de embasamento, promovendo a propagação de mensagens de ódio e de preconceito. Esse fato ocorre porque não existem pesquisas ou dados públicos do governo que divulguem a realidade da crueldade que ocorrem com essas minorias sexuais. Desse modo, os meios de comunicação são responsáveis por ludibriar os cidadãos sobre a realidade dessa parcela de brasileiros.       Constata-se, portanto, um forte processo de transfobia no Brasil. Sendo assim, é encargo do Legislativo garantir a proteção legal desses indivíduos, por meio da reavaliação do projeto de lei arquivado para reconhecimento da identidade de gênero e do uso de nome socia, com o objetivo de reconhecê-los e introduzi-los na sociedade. Somado a isso, os Ministério Públicos Estaduais devem disponibilizar informações para a população sobre a existência da intolerância contra a comunidade LGBT, por meio do levantamento de dados e pesquisas sobre agressões e assassinatos desse grupo. Cabe à educação, ainda, ensinar aos jovens a importância do respeito ao próximo e às diferenças, por meio de palestras e debates com psicólogos, transexuais e transgêneros, tendo como objetivo mostrar relator desses grupos, sua luta e a importância de sua valorização. Assim, o problema da transfobia pode ser solucionado e a cidadania desses cidadãos pode ser, de fato, exercida.