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Enviada em: 21/09/2017

Harmonia sexual    Presente na Declaração Universal dos Direitos do Homem, a liberdade individual, ainda no século XXI, é algo de muita discussão no cenário brasileiro quando refere-se a opção sexual de parte da sociedade. Nesse sentido, a população trans é vítima de grande preconceito, seja ele físico, verbal ou até mesmo moral, o que tem papel fundamental para a intensificação da transfobia, fato que requer maior atenção por parte da coletividade, levando em consideração aspectos educacionais e judiciais.      Quando Durkheim afirma que a sociedade é anterior ao indivíduo deixa explícito que o ser em questão constrói-se com base nos valores já estabelecidos pela comunidade em que está inserido. Como resultado, práticas preconceituosas e ações que buscam negligenciar uma classe em específico quanto a sua sexualidade se perpetuam ano a ano na educação coletiva, o que faz com que o núcleo vítima sinta-se inferiorizado e segregado. Desta forma, a falta de debates esclarecedores na rede de ensino, a fim de propagar o respeito individual, faz com que crimes de transfobia cresçam exponencialmente.       Por não se tratar de algo inato ao cidadão comum, mas sim de uma questão judicial, a opção sexual de cada indivíduo trans foi colocada em risco após uma juíza do DF, em 2017, assinalar a homossexualidade como doença e propagar um ideal de ''cura gay''. Desse modo, a população LGBT como um todo tornou-se vulnerável à práticas ofensivas desempenhadas pelos demais setores da coletividade. Assim, infere-se a tamanha importância de debates com o intuito de esclarecer aos demais grupos a necessidade de definir essa discriminação como crime, a fim de amenizar a violência.        Torna-se evidente, portanto, que valores educacionais atrelados a condutas do sistema judiciário catalisam essa reação problemática. Surge como essencial a criação de disciplinas escolares, pelo MEC, com o intuito de discutirem o conceito de opção sexual a fim de que passe a ser algo extremamente respeitado. Outra medida consiste na revisão do código penal, por parte do Legislativo Federal, com o objetivo de criminalizar práticas de cunho transfóbico em buscar da minimização dessas condutas. Destarte, a sétima potência mundial em economia poderá chegar a uma maior harmonia entre seus componentes.