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Enviada em: 06/09/2017

Segundo a (ONG) Transgender Europe, o Brasil é o pais que mais registra assassinatos de travestis e transexuais no mundo. Além disso, dados do (IBGE) apontam que o tempo médio de vida de uma pessoa trans no Brasil é de apenas 35 anos , enquanto a expectativa de vida do país é de 75,5 anos. Esses dados demonstram o exorbitante machismo enraizado na sociedade brasileira, que deve ser combatido.                                              Como aponta o historiador brasileiro, Leandro Karnal à sociedade brasileira tem raízes falocêntricas, uma convicção baseada na superioridade masculina. Sociedade esta que denomina como positivo todos os animais masculinos , como : "tigrão" e "garanhão" e pelo feminino o pejorativo : "galinha , e "vaca" . Indubitavelmente, essas ideologias refletem às atitudes, machistas e preconceituosas da sociedade , que mostra o homem como dominador e a mulher como ser submisso , perpassando a ideia de que as outras orientações sexuais que fogem do padrão patriarcal , são aberrações.                                                                      Nesse contexto, o antropólogo Luiz Mott aponta , que durante o governo FHC , mataram-se , 127 LGBTS por ano e no governo Dilma/Temer 325 , ou seja, a intolerância cresceu no país. Outro fator que dificulta a vida das pessoas trans é o fato de poucos hospitais do (SUS) fazerem a  cirurgia de  transição de sexo.  Além disso , estes têm dificuldade para legalizar seu nome social, visto que , para mudar o nome , todo o seu histórico escolar é apagado , como se o indivíduo nunca tivesse existido , o que dificulta a conquista de empregos e posterga a exclusão social no Brasil.                         Em face a essa realidade, o governo deve investir em campanhas midiáticas e palestras nas escolas sobre o tema, explicando as futuras gerações de adultos , a necessidade de respeitar as diversas orientações sexuais presentes na sociedade. Somando-se a elaboração de leis que caracterizem a transfobia  como crime hediondo , pois, como estabele a Constituição Federal de 1988 " Todos são iguais perante a lei, sem distinção de qualquer natureza".