Materiais:
Enviada em: 08/09/2017

Injustiças veladas       A cada 25 horas um LGBT é assassinado. 346 homicídios desses indivíduos em 2016. 325 mortos por ano durante o governo Dilma/Temer. Esse quadro mostra como a realidade dos indivíduos trans é alarmante no Brasil, visto que fere os direitos dessas pessoas e coloca em risco as suas vidas. Dessarte, há de se entender tal problemática, a fim de minimizá-la.        À vista disso, deve-se considerar o preconceito velado definido por Florestan Fernandes, o qual determina que, no Brasil, pelo fato de tal ato nunca ter sido institucionalizado, como no Oriente Médio e na África, cria-se uma falsa impressão de uma coletividade justa e sem discriminações no âmbito LGBT. Assim, já que o governo reflete a população, não há ações estatais preventivas e punitivas para esse crime. Por consequência, ocorre a manutenção de tal situação, sendo fundamental invertê-la, em prol do bem-estar de todos.        Acresça-se a isso a psicanálise de Freud, a qual defende que a personalidade do ser humano se forma na infância. Desse modo, se a pessoa, quando criança, conviver em um contexto preconceituoso, ela tenderá a seguir tal pensamento quando adulta. Nesse viés, observam-se escolas com seus métodos de ensino ultrapassados, nos quais as questões de sexo e de gênero não são discutidas e são apresentadas como tabus. Diante disso, há a formação de cidadãos desinformados desse universo e, por isso, muitas vezes preconceituosos. Por conseguinte, há a persistência de tal realidade, fazendo-se essencial erradicá-la.        Sendo assim, é primordial remodular o macrocosmo social brasileiro. A esse propósito, cabe à sociedade LGBT lutar pelos seus direitos, através de protestos físicos e virtuais, tendo em vista que a população perceba o quanto de preconceito existe no país e, com isso, se conscientize e mude tal atitude. Ainda, é de responsabilidade do Governo assegurar a segurança desse grupo, por meio da criminalização de ações discriminatórias e da formulação de leis específicas para aquelas, com o intuito da criação de uma conjuntura com mais equidade para essas pessoas. Ademais, é imprescindível que as escolas modernizem os conteúdos abordados com os jovens, por intermédio da inserção de palestras mensais que apresentem tal tema, com o objetivo de formar indivíduos informados, tanto para se sentirem livres para se expressar, quanto para respeitar as opções de vida dos outros, para que, assim, a humanidade se reinvente em um mundo mais justo. Afinal, segundo Martin Luther King, “uma injustiça em um lugar qualquer é uma ameaça à justiça em todo lugar”.